domingo, 6 de julho de 2008
Caderno de Teses
Para quem acompanhou o Congresso da Conlutas e quer inteirar-se mais sobre os debates que estiveram presentes durante este evento histórico, segue o Caderno de teses. Clique aqui.
1º Congresso da Conlutas é encerrado com grande entusiasmo e emoção
O encerramento do 1º Congresso da Conlutas começou às 18h30. Cacau Pereira, da Comissão Organizadora, agradeceu em nome da Coordenação Nacional de Lutas a presença de todos os que ajudaram na organização do Congresso: equipes da creche, da cozinha, limpeza, transporte, segurança, imprensa, gráfica, relatoria, enfim, todos que contribuiram com a realização do evento.
Pediu desculpas pelas dificuldades enfrentadas, como os problemas com os alojamentos, a distância das pousadas etc. “Entretanto”, ressaltou Cacau, “esse Congresso foi realizado com independência política e financeira e isso é um grande orgulho para todos nós”.
A Internacional Socialista foi tocada ao som da sanfona, em seguida foi apresentado um vídeo com a história da luta dos trabalhadores brasileiros e da Conlutas, o que emocionou o plenário.
Todos (as) saíram cantando “Eu sou Conlutas, sou radical, não sou capacho do governo federal”.
Papel picado, abraços emocionados, bandeiras tremulando, malas, mochilas, cansaço se confundindo com satisfação e com disposição para novas lutas. E, para muitos, a perspectiva de enfrentar de 10 até mais de 50 horas de viagem para voltar as suas regionais. Novamente as estradas receberão os ônibus com todos os delegados (as), observadores (as) e convidados (as) que vieram ao 1º Encontro Nacional da Conlutas. Mas todos voltam com a sensação do dever cumprido.
Pediu desculpas pelas dificuldades enfrentadas, como os problemas com os alojamentos, a distância das pousadas etc. “Entretanto”, ressaltou Cacau, “esse Congresso foi realizado com independência política e financeira e isso é um grande orgulho para todos nós”.
A Internacional Socialista foi tocada ao som da sanfona, em seguida foi apresentado um vídeo com a história da luta dos trabalhadores brasileiros e da Conlutas, o que emocionou o plenário.
Todos (as) saíram cantando “Eu sou Conlutas, sou radical, não sou capacho do governo federal”.
Papel picado, abraços emocionados, bandeiras tremulando, malas, mochilas, cansaço se confundindo com satisfação e com disposição para novas lutas. E, para muitos, a perspectiva de enfrentar de 10 até mais de 50 horas de viagem para voltar as suas regionais. Novamente as estradas receberão os ônibus com todos os delegados (as), observadores (as) e convidados (as) que vieram ao 1º Encontro Nacional da Conlutas. Mas todos voltam com a sensação do dever cumprido.
Termina plenária geral
A plenária da Conlutas terminou um pouco antes das 18h30. Os quase 3000 delegados inscritos definiram a política, a organização da entidade e o plano de ação para o próximo período. Os trabalhos duraram todo o dia de hoje e encerraram o evento, um dos maiores congressos de trabalhadores dos últimos anos.
Foi decidido o caráter político da entidade. A Conlutas é uma coordenação combativa, classista e defende claramente o socialismo como projeto de sociedade. É uma entidade independente dos governos e dos patrões. Tem autonomia em relação a partidos políticos, mas não exclui a atuação da militância dos partidos do campo da classe trabalhadora.
Também foram tiradas resoluções quanto ao movimento agrário, feminino, negro e homossexual dentro da Conlutas. Em relação às opressões foi definida a defesa de cota para negros nas universidades e de cota de mulheres nas direções sindicais. Ainda durante o Congresso, no sábado, foi fundado um “Novo Movimento Negro”.
A presença de sindicatos que representam policiais foi um dos temas polêmicos da votação de hoje. Foi definido que a Conlutas pode representar toda a classe trabalhadora, sem deixar de criticar o papel repressivo da polícia enquanto instituição.
Foi aprovado o caráter sindical e popular da coordenação. A Conlutas continua a representar movimentos estudantis, sindicais, agrários e populares. Outro ponto importante foi o chamado para a Intersindical e outros movimentos combativos, para formar um pólo de lutas no país. Enquanto não surge uma nova central, a Conlutas tem como política a unidade nas lutas cotidianas.
A entidade também vai passar a ter uma secretaria executiva para tocar os trabalhos cotidianos. Este órgão será eleito pela plenária de entidades e sua composição é flexível. Na plenária de entidades, foi votado um peso máximo de 10% para estudantes.
Depois da votação foram votadas moções de apoio e solidariedade às lutas que ocorrem pelo país, como a luta dos operários de Goiânia contra as demissões política e a greve dos trabalhadores dos Correios.
Agora é a vez de levar os encaminhamentos para as cidades, para que as resoluções se transformem em prática. E amanha começa o Encontro Latino-Americano e Caribenho dos trabalhadores, que ocorre amanha e dia 8.
Foi decidido o caráter político da entidade. A Conlutas é uma coordenação combativa, classista e defende claramente o socialismo como projeto de sociedade. É uma entidade independente dos governos e dos patrões. Tem autonomia em relação a partidos políticos, mas não exclui a atuação da militância dos partidos do campo da classe trabalhadora.
Também foram tiradas resoluções quanto ao movimento agrário, feminino, negro e homossexual dentro da Conlutas. Em relação às opressões foi definida a defesa de cota para negros nas universidades e de cota de mulheres nas direções sindicais. Ainda durante o Congresso, no sábado, foi fundado um “Novo Movimento Negro”.
A presença de sindicatos que representam policiais foi um dos temas polêmicos da votação de hoje. Foi definido que a Conlutas pode representar toda a classe trabalhadora, sem deixar de criticar o papel repressivo da polícia enquanto instituição.
Foi aprovado o caráter sindical e popular da coordenação. A Conlutas continua a representar movimentos estudantis, sindicais, agrários e populares. Outro ponto importante foi o chamado para a Intersindical e outros movimentos combativos, para formar um pólo de lutas no país. Enquanto não surge uma nova central, a Conlutas tem como política a unidade nas lutas cotidianas.
A entidade também vai passar a ter uma secretaria executiva para tocar os trabalhos cotidianos. Este órgão será eleito pela plenária de entidades e sua composição é flexível. Na plenária de entidades, foi votado um peso máximo de 10% para estudantes.
Depois da votação foram votadas moções de apoio e solidariedade às lutas que ocorrem pelo país, como a luta dos operários de Goiânia contra as demissões política e a greve dos trabalhadores dos Correios.
Agora é a vez de levar os encaminhamentos para as cidades, para que as resoluções se transformem em prática. E amanha começa o Encontro Latino-Americano e Caribenho dos trabalhadores, que ocorre amanha e dia 8.
Continue online na luta contra o capitalismo: acompanhe o ELAC
O Encontro Latino-Americano e Caribeño começa amanhã e as delegações já estão no Brasil.
Como continuidade do calendário de lutas da classe trabalhadora, este Encontro pretende aprofundar os debates e estendê-los aos trabalhadores da América Latina e Caribe.
Você também poderá acompanhar pelo blog:
Congresso encaminha-se para o encerramento
Com a presença de delegados internacionais, a Congresso da Conlutas já prova que é vitorioso
Após a homenagem a todas as gerações lutadoras, que teve a fala emocionante de uma companheira de 78 anos, o Congresso encaminha-se para o encerramento.
Neste momento, as delegações internacionais expressam suas saudações aos lutadores brasileiros.
A palavra de ordem "Brasil, Europa, América Central, a classe operária é internacional!" levantou a plenária deste Congresso que já é um marco histórico na luta contra o capitalismo.
Metalúrgicos brasileiros e alemães unidos na luta e no 1° Congresso da Conlutas
O 1° Congresso da Conlutas, que termina hoje, promoveu uma grande quantidade de encontros que fortalecem a construção de uma alternativa combativa para a luta dos trabalhadores.
Exemplo disto é a unidade que começou a ser constituída durante o evento entre trabalhadores metalúrgicos do Brasil e da Alemanha. Uma delegação composta por oito trabalhadores da fábrica da Volkswagen de Hannover, na Alemanha, e representantes dos trabalhadores das fábricas da GM de Gravataí/RS e de São José dos Campos/SP, da Ford de Camaçari/BA, da oposição da Volks de São Bernardo do Campo e Taubaté compartilharam de suas lutas, desafios, conquistas e começaram a construir um combate conjunto à exploração comum.
As discussões aconteceram nas conversas no decorrer do congresso e em uma reunião realizada neste domingo, no horário do almoço.
Mesma exploração, mesma luta
“Nós estamos aqui porque as condições de trabalho nas fábricas da Alemanha são péssimas. Viemos confrontar as realidades e descobrir como são as condições aqui e quais as alternativas que os trabalhadores daqui estão buscando para combater a situação de superexploração”, explicam os metalúrgicos alemães, todos da base do IGMetall, o sindicato dos metalúrgicos da Alemanha, que conta com a filiação de mais de 90% dos funcionários da Volks.
Os representantes da oposição do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Marlon Ripel Alves e André Branco, colocam que os trabalhadores da GM de Gravataí, além do desafio de derrotar a retirada de direitos empreendida pela empresa, têm ainda outra situação a enfrentar, conforme denuncia Marlon: “O sindicato [filiado à Força Sindical], é tendencioso a favor da empresa e tem um relacionamento muito próximo com o empresariado local”.
A delegação alemã ouviu dos companheiros brasileiros algumas conquistas que estão sendo construídas aqui. “Estamos impressionados com o progresso da luta dos trabalhadores da GM daqui”, dizem os alemães, referindo-se à vitória do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos contra o banco de horas da GM e à criação da Associação dos Portadores de Doenças Ocupacionais e Vítimas de Acidentes de Trabalho do Rio Grande do Sul, obra dos trabalhadores da GM de Gravataí.
“A ADAT nasceu devido à organização dos trabalhadores, do descontentamento com as posturas do sindicato e da necessidade de criar um órgão para a gente começar a se organizar”, conta Marlon. "Além de dar amparo ao trabalhador com doença ocupacional, pretende organizar os trabalhadores de CIPAS para fazer oposição não só na categoria dos metalúrgicos, mas também em outras categorias, como borracha, transporte, comerciários, etc., para alavancar uma ação mais ampla dos trabalhadores combativos”.
Os metalúrgicos de Hannover estão empolgados com a possibilidade de levar a idéia da ADAT para sua categoria: “Achamos a criação da ADAT maravilhosa e queremos introduzir essa idéia na nossa base e depois expandir isso para outras fábricas”.
“Nossa intenção é levar as discussões que aqui tivemos para os trabalhadores da Alemanha e, com essas idéias, tomar parte nas decisões dos conselhos deliberativos de fábrica, a fim de fortalecer a luta por saúde e melhores condições de trabalho”.
"A política de ataques da patronal atinge todos os trabalhadores, sempre com o objetivo de reduzir direitos e aumentar a exploração. A luta que travamos recentemente na GM de São José é um exemplo disso. Por isso, consolidar uma unidade internacional entre os trabalhadores e globalizar as lutas é fundamental", afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira.
O papel da Conlutas
Os metalúrgicos gaúchos acreditam que as experiências que levarão do congresso contribuirão bastante para a organização dos trabalhadores em Gravataí, ampliando os debates na fábrica e também o horizonte.
“A Conlutas tem papel fundamental na luta da construção do socialismo em nível regional, nacional e mundial”, acredita Marlon. “Achamos esse movimento que a Conlutas está construindo muito importante e esperamos que a Conlutas se internacionalize e atue, principalmente, nos demais países da América Latina”, torcem os alemães.
A luta continua, agora mais forte
Seja Brasil ou Alemanha, GM ou Volks, todos são unânimes: o desafio urgente de suas categorias é derrotar a ganância das empresas que, em nome do lucro sem fim, exigem o máximo de produtividade em detrimento da saúde e dos direitos dos trabalhadores. Para André, “a globalização da exploração capitalista precisa ser combatida com a globalização da luta dos trabalhadores. Não adianta unificar a luta somente em um país, a descentralização das montadoras e outros ramos de atividades capitalistas é muito grande na atualidade”.
“Vamos continuar lutando, em contato com os colegas do Brasil e os colegas de outros países que quiserem se unir para que possamos resolver esses problemas que nos são comuns”, prometem os alemães. Os trabalhadores de Gravataí receberam um convite para ir à Alemanha em 2009, para acompanhar o andamento do trabalho dos companheiros de luta.
Exemplo disto é a unidade que começou a ser constituída durante o evento entre trabalhadores metalúrgicos do Brasil e da Alemanha. Uma delegação composta por oito trabalhadores da fábrica da Volkswagen de Hannover, na Alemanha, e representantes dos trabalhadores das fábricas da GM de Gravataí/RS e de São José dos Campos/SP, da Ford de Camaçari/BA, da oposição da Volks de São Bernardo do Campo e Taubaté compartilharam de suas lutas, desafios, conquistas e começaram a construir um combate conjunto à exploração comum.
As discussões aconteceram nas conversas no decorrer do congresso e em uma reunião realizada neste domingo, no horário do almoço.
Mesma exploração, mesma luta
“Nós estamos aqui porque as condições de trabalho nas fábricas da Alemanha são péssimas. Viemos confrontar as realidades e descobrir como são as condições aqui e quais as alternativas que os trabalhadores daqui estão buscando para combater a situação de superexploração”, explicam os metalúrgicos alemães, todos da base do IGMetall, o sindicato dos metalúrgicos da Alemanha, que conta com a filiação de mais de 90% dos funcionários da Volks.
Os representantes da oposição do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Marlon Ripel Alves e André Branco, colocam que os trabalhadores da GM de Gravataí, além do desafio de derrotar a retirada de direitos empreendida pela empresa, têm ainda outra situação a enfrentar, conforme denuncia Marlon: “O sindicato [filiado à Força Sindical], é tendencioso a favor da empresa e tem um relacionamento muito próximo com o empresariado local”.
A delegação alemã ouviu dos companheiros brasileiros algumas conquistas que estão sendo construídas aqui. “Estamos impressionados com o progresso da luta dos trabalhadores da GM daqui”, dizem os alemães, referindo-se à vitória do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos contra o banco de horas da GM e à criação da Associação dos Portadores de Doenças Ocupacionais e Vítimas de Acidentes de Trabalho do Rio Grande do Sul, obra dos trabalhadores da GM de Gravataí.
“A ADAT nasceu devido à organização dos trabalhadores, do descontentamento com as posturas do sindicato e da necessidade de criar um órgão para a gente começar a se organizar”, conta Marlon. "Além de dar amparo ao trabalhador com doença ocupacional, pretende organizar os trabalhadores de CIPAS para fazer oposição não só na categoria dos metalúrgicos, mas também em outras categorias, como borracha, transporte, comerciários, etc., para alavancar uma ação mais ampla dos trabalhadores combativos”.
Os metalúrgicos de Hannover estão empolgados com a possibilidade de levar a idéia da ADAT para sua categoria: “Achamos a criação da ADAT maravilhosa e queremos introduzir essa idéia na nossa base e depois expandir isso para outras fábricas”.
“Nossa intenção é levar as discussões que aqui tivemos para os trabalhadores da Alemanha e, com essas idéias, tomar parte nas decisões dos conselhos deliberativos de fábrica, a fim de fortalecer a luta por saúde e melhores condições de trabalho”.
"A política de ataques da patronal atinge todos os trabalhadores, sempre com o objetivo de reduzir direitos e aumentar a exploração. A luta que travamos recentemente na GM de São José é um exemplo disso. Por isso, consolidar uma unidade internacional entre os trabalhadores e globalizar as lutas é fundamental", afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Vivaldo Moreira.
O papel da Conlutas
Os metalúrgicos gaúchos acreditam que as experiências que levarão do congresso contribuirão bastante para a organização dos trabalhadores em Gravataí, ampliando os debates na fábrica e também o horizonte.
“A Conlutas tem papel fundamental na luta da construção do socialismo em nível regional, nacional e mundial”, acredita Marlon. “Achamos esse movimento que a Conlutas está construindo muito importante e esperamos que a Conlutas se internacionalize e atue, principalmente, nos demais países da América Latina”, torcem os alemães.
A luta continua, agora mais forte
Seja Brasil ou Alemanha, GM ou Volks, todos são unânimes: o desafio urgente de suas categorias é derrotar a ganância das empresas que, em nome do lucro sem fim, exigem o máximo de produtividade em detrimento da saúde e dos direitos dos trabalhadores. Para André, “a globalização da exploração capitalista precisa ser combatida com a globalização da luta dos trabalhadores. Não adianta unificar a luta somente em um país, a descentralização das montadoras e outros ramos de atividades capitalistas é muito grande na atualidade”.
“Vamos continuar lutando, em contato com os colegas do Brasil e os colegas de outros países que quiserem se unir para que possamos resolver esses problemas que nos são comuns”, prometem os alemães. Os trabalhadores de Gravataí receberam um convite para ir à Alemanha em 2009, para acompanhar o andamento do trabalho dos companheiros de luta.
Depois do almoço, mais debates
Após a pausa de uma hora para almoço, a plenária encontra-se novamente lotada para as defesas e votações das resoluções.
Assista os vídeos dos debates no Congresso
Acesse aos links abaixo e confira vídeos com os resumos dos três primeiros dias de debates do 1° Congresso Nacional da Conlutas.
vídeo 1: http://br.youtube.com/watch?v=IR6tGCX7dSI
vídeo 2: http://br.youtube.com/watch?v=hA99pdUrkvE
vídeo 3: http://br.youtube.com/watch?v=4-PgaUNPrSg
vídeo 1: http://br.youtube.com/watch?v=IR6tGCX7dSI
vídeo 2: http://br.youtube.com/watch?v=hA99pdUrkvE
vídeo 3: http://br.youtube.com/watch?v=4-PgaUNPrSg
Debate sobre a questão de mulheres em pauta na plenária
Neste momento, a plenária do I Congresso da Conlutas discute e coloca em votação os planos de ação em relação às opressões sofridas pelas mulheres.
O Congresso ultrapassa mil "observadores online"
O blog do I Congresso da Conlutas registrou mais de mil visitantes diferentes ao longo dos três dias do evento. São "observadores online" de 15 países e mais de 65 cidades brasileiras.
Saudações a todos aqueles que fazem parte deste evento histórico das lutas revolucionárias, mas não puderam estar presentes em Betim.
A Conlutas agradece e abre um convite a todos aqueles que querem somar-se à luta contra o capitalismo.
Ponto alto: intervenção de Chirino
A plenária vibrou com a intervenção de Orlando Chirino, petroleiro venezuelano, coordenador do UNT. "Nosotros quieremos ser independientes!", "Vamos para el socialismo!".
Galeria de fotos
Quer ver fotos do Congresso?
Quer ver alguém da sua delegação?
Quer conhecer os lutadores que estão no evento?Quer ver as atividades culturais?Acesse a galeria de fotos do I Congresso da Conlutas.
Clique aqui
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De Norte a Sul as lutas são muitas e, ao mesmo tempo, uma só
Cláudio Renato da Costa é representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos da Universidade Federal do Pará. Alda Catarina Olivier é militante do CPERS, o sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras em educação do Rio Grande do Sul. Uma extensão de terra que parece não acabar nunca divide as suas realidades, mas a condição comum de trabalhadores os une. Da mesma forma, suas lutas se diferenciam nas peculiaridades e urgências de suas distintas categorias, mas se aproximam em uma concordância que não deixa de ser urgente: superar o capitalismo é preciso. Alda e Cláudio são delegados no 1° Congresso da Conlutas e falaram sobre as lutas específicas, a luta conjunta, o papel da Conlutas e os próximos passos depois do Congresso. Confira os depoimentos:
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Horizonte maior
“A questão da carreira, o vencimento básico e a luta contra a possibilidade apontada pelo governo de criação das fundações de direito privado nos hospitais universitários, com ameaça de demissão em massa dos trabalhadores fundacionais, são os desafios urgentes e específicos da categoria. Mas essas questões, principalmente as salariais, são cíclicas, não são suficientes para a emancipação do trabalhador. Precisamos de um horizonte maior, que é o de derrotar o sistema capitalista e construir o socialismo para uma vida plena. Nesse sentido, nós vemos na Conlutas uma nova ferramenta de luta dos trabalhadores, capaz de organizar essa necessária luta de maior pretensão sem esquecer das lutas imediatas. O nosso sindicato se desfiliou da CUT , via plebiscito, pela compreensão de que ela não mais representa os interesses dos trabalhadores. Estou achando esse congresso muito positivo, dá para ver que há um avanço nas lutas”.
Cláudio Renato da Costa, Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos da Universidade Federal do Pará
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Momento especial
“O CPERS é um sindicato de grandes proporções, é o segundo maior do Brasil e um dos maiores da América Latina. Nosso primeiro desafio é sempre a questão salarial. O piso salarial do governo Lula é uma afronta. Outro desafio específico, e muito grande, é o enfrentamento do governo Yeda, que se revelou a governadora mais autoritária da história do Rio Grande do Sul, de causar inveja à época da ditadura. A Conlutas é de fundamental importância para a retomada das lutas do CPERS porque ela surge como uma alternativa para os trabalhadores frente às traições da CUT. Estamos vivendo um momento especial no sindicato, com a vitória da Chapa que a Conlutas compõe com outras correntes na eleição que ocorreu nos últimos dias, para a diretoria do sindicato. O nosso desejo é que não somente a Conlutas faça parte da diretoria do CPERS, mas que o CPERS venha a ser uma grande parte da Conlutas. Acreditamos na Conlutas porque ela representa um rompimento com o capitalismo. Os trabalhadores que acreditaram que era possível transformar e melhorar a vida por dentro do capitalismo foram cooptados e, eles sim, transformados pelo capital. Daqui, vamos levar à base do CPERS todas as discussões importantes. Acho fundamental, por exemplo, difundir o debate de combate à homofobia e à discriminação racial, porque ainda há muito preconceito nas escolas”.
Alda Catarina Olivier, CPERS
Para público, Congresso consolida Conlutas no país
Chegou a hora da Conlutas. Esta é a análise de 10 entre 10 militantes que participam do 1º Congresso Nacional da Conlutas. As traições do PT e da CUT ainda estão vivas na memória dos trabalhadores. Todos acreditam na força de uma nova Central voltada para os interesses da classe trabalhadora. O evento que começou na quinta, dia 3, encerra neste domingo, em Betim/MG.
A equipe de reportagem da Conlutas percorreu vários grupos de trabalho do Congresso para saber o que os militantes estão achando do evento. Os depoimentos expõem um sentimento de revolta com a atual conjuntura, mas ao mesmo tempo revelam a necessidade de fortalecimento da unidade na Conlutas.
Para o servidor municipal de Guarulhos, Joel Paradella, o Congresso está muito bom. Segundo ele, os debates estão trazendo temas importantes. "Os debates de esquerda estão sendo colocados na ordem do dia. As diferenças apresentadas nos GT´s são de conteúdo e bastante significativas", afirma.
O Congresso da Conlutas é o primeiro encontro de esquerda da estudante de letras da USP, Raiana Ribeiro. Entusiasmada, ela acredita na força dos trabalhadores. "O Congresso é importante porque se dá num momento histórico de organização dos trabalhadores. E a Conlutas tem uma fatia da força desse processo.Vejo esse Congresso como um pontapé, mas ao mesmo tempo como a consolidação da Conlutas. Nunca militei nem sou de partido político, mas estou achando essa experiência muito rica", disse.
Diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário de São Paulo (Sintrajud/SP), Ana Luíza vê a Conlutas como uma alternativa que definiu de forma correta sua estratégia. "Vejo esse Congresso como o surgimento de uma nova direção ligada aos movimentos populares e à juventude. Para mim, a luta contra o capitalismo é uma estratégia correta da Conlutas. Lembro também que quando fundamos a CUT, o programa defendido na época era limitado se comparado ao da Conlutas", analisa.
Vivaldo Moreira Araújo, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região e trabalhador da General Motors, também salienta o caráter e o papel que a Conlutas vem cumprindo. “Esse congresso é a expressão do crescimento da Conlutas que, no último período, tornou-se um importante pólo de aglutinação para os lutadores deste país. Nosso desafio é aprofundar democraticamente as discussões e avançar na consolidação desta organização, com perfil classista, democrático e com perspectiva socialista”, afirmou.
Já o diretor do sindicato dos servidores públicos de Bauru, Jaime de Oliveira Correa, lembra que o alvo direto da revolta dos trabalhadores é o Governo Lula. Para ele, a Conlutas vai além das fronteiras brasileiras. "A luta desse Congresso é principalmente contra a repressão desse governo Lula. Temos que defender aqui uma esquerda pura, sem vínculo com os governos. E a Conlutas terá todo o apoio dos trabalhadores do Brasil e de outros países da América Latina, como a Colômbia", afirmou.
A equipe de reportagem da Conlutas percorreu vários grupos de trabalho do Congresso para saber o que os militantes estão achando do evento. Os depoimentos expõem um sentimento de revolta com a atual conjuntura, mas ao mesmo tempo revelam a necessidade de fortalecimento da unidade na Conlutas.
Para o servidor municipal de Guarulhos, Joel Paradella, o Congresso está muito bom. Segundo ele, os debates estão trazendo temas importantes. "Os debates de esquerda estão sendo colocados na ordem do dia. As diferenças apresentadas nos GT´s são de conteúdo e bastante significativas", afirma.
O Congresso da Conlutas é o primeiro encontro de esquerda da estudante de letras da USP, Raiana Ribeiro. Entusiasmada, ela acredita na força dos trabalhadores. "O Congresso é importante porque se dá num momento histórico de organização dos trabalhadores. E a Conlutas tem uma fatia da força desse processo.Vejo esse Congresso como um pontapé, mas ao mesmo tempo como a consolidação da Conlutas. Nunca militei nem sou de partido político, mas estou achando essa experiência muito rica", disse.
Diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário de São Paulo (Sintrajud/SP), Ana Luíza vê a Conlutas como uma alternativa que definiu de forma correta sua estratégia. "Vejo esse Congresso como o surgimento de uma nova direção ligada aos movimentos populares e à juventude. Para mim, a luta contra o capitalismo é uma estratégia correta da Conlutas. Lembro também que quando fundamos a CUT, o programa defendido na época era limitado se comparado ao da Conlutas", analisa.
Vivaldo Moreira Araújo, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região e trabalhador da General Motors, também salienta o caráter e o papel que a Conlutas vem cumprindo. “Esse congresso é a expressão do crescimento da Conlutas que, no último período, tornou-se um importante pólo de aglutinação para os lutadores deste país. Nosso desafio é aprofundar democraticamente as discussões e avançar na consolidação desta organização, com perfil classista, democrático e com perspectiva socialista”, afirmou.
Já o diretor do sindicato dos servidores públicos de Bauru, Jaime de Oliveira Correa, lembra que o alvo direto da revolta dos trabalhadores é o Governo Lula. Para ele, a Conlutas vai além das fronteiras brasileiras. "A luta desse Congresso é principalmente contra a repressão desse governo Lula. Temos que defender aqui uma esquerda pura, sem vínculo com os governos. E a Conlutas terá todo o apoio dos trabalhadores do Brasil e de outros países da América Latina, como a Colômbia", afirmou.
Congresso abre o dia com plenário lotado
Desde as 10hs, o plenário do último dia do Congresso da Conlutas encontra-se lotado. A democracia e a pluralidade de idéias está garantida: todas as correntes manifestam o seu posicionamento em relação à concepção e os planos de ação da Conlutas para o próximo período.
Acompanhe os debates ao vivo na TV Conlutas. Clique aqui!
Acompanhe os debates ao vivo na TV Conlutas. Clique aqui!
Plenária delibera sobre Conjuntura Nacional e Plano de Ação
A plenária geral dos delegados participantes do 1º Congresso da Conlutas encerrou os trabalhos em torno das 20h deste sábado (5/7), depois de deliberar sobre conjuntura nacional, eleições e plano de ação, entre outros temas. Os debates foram intensos, fortalecendo a característica democrática do Congresso. Em todos os pontos votados até agora, as deliberações foram aprovadas por ampla maioria. A plenária será retomada na manhã do domingo, último dia do Congresso.
Conjuntura Nacional
Os delegados aprovaram as resoluções de números 6 e 13 do caderno de resoluções em conjunto com os adendos sugeridos pelos grupos de trabalho, reafirmando que a Conlutas faz oposição de esquerda aos governos federal, estaduais e municipais e busca organizar a luta para derrotar o projeto neoliberal.
Eleições
Para o tema das eleições, a plenária aprovou a resolução 7 do caderno, que, entre outros pontos, indica que os trabalhadores, ao votar, façam uma opção de classe e votem nos candidatos dos partidos da classe trabalhadora que sejam oposição ao governo. Contudo, a resolução considera a ação direta dos trabalhadores prioritária em relação à ação institucional e às eleições burguesas.
Plano de Ação
Uma resolução sobre o plano de ação entregue diretamente aos grupos de trabalho pelos sindicatos dos Químicos e o dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, a Federação Nacional dos Gráficos, entre outros, foi aprovada como Plano de Ação da Conlutas, em conjunto com uma grande lista de contribuições feitas pelas diversas entidades que participam do Congresso. Destaque para a Campanha pelo Gatilho, o reajuste automático dos salários de acordo com a inflação.
Conjuntura Nacional
Os delegados aprovaram as resoluções de números 6 e 13 do caderno de resoluções em conjunto com os adendos sugeridos pelos grupos de trabalho, reafirmando que a Conlutas faz oposição de esquerda aos governos federal, estaduais e municipais e busca organizar a luta para derrotar o projeto neoliberal.
Eleições
Para o tema das eleições, a plenária aprovou a resolução 7 do caderno, que, entre outros pontos, indica que os trabalhadores, ao votar, façam uma opção de classe e votem nos candidatos dos partidos da classe trabalhadora que sejam oposição ao governo. Contudo, a resolução considera a ação direta dos trabalhadores prioritária em relação à ação institucional e às eleições burguesas.
Plano de Ação
Uma resolução sobre o plano de ação entregue diretamente aos grupos de trabalho pelos sindicatos dos Químicos e o dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, a Federação Nacional dos Gráficos, entre outros, foi aprovada como Plano de Ação da Conlutas, em conjunto com uma grande lista de contribuições feitas pelas diversas entidades que participam do Congresso. Destaque para a Campanha pelo Gatilho, o reajuste automático dos salários de acordo com a inflação.
sábado, 5 de julho de 2008
Entrevista: Irma Leite, do Uruguai
Militante histórica da esquerda no Uruguai, Irma Leite é uma das convidadas do I Congresso Nacional da Conlutas e do Encontro Latino-americano e Caribenho (ELAC), que começa na próxima segunda-feira. Crítica ferrenha do imperialismo americano e, por tabela, do sistema capitalista, Irmã é autora de um livro fundamental sobre a história das mulheres na ditadura do Uruguai. A obra será lançada durante o Congresso. Ela não poupa os governos da América Latina que se dizem de esquerda, mas na verdade atuam como serviçais do governo dos EUA. Durante o Congresso, Irma Leite conversou com a reportagem da Conlutas. Confira:
Conlutas - A senhora poderia fazer uma análise sobre a importância desse I Congresso Nacional da Conlutas?
Irmã Leite – Como militante classista, combativa e independente de todos os governos, participar desse Congresso é alentador. É emocionante e gratificante encontrar homens e mulheres que acreditam. A homenagem feita no debate de ontem (sexta-feira) ao manifesto comunista, que completa 160 anos, me emocionou bastante.
Conlutas - Com 160 anos (o manifesto comunista) é bastante atual...
I.L – Muito atual. Um documento histórico que ainda é fundamental para as lutas dos trabalhadores de todo o mundo.
Conlutas – O que representa, neste momento, o Elac para a senhora?
I.L – Um intercâmbio de experiência, uma parceria com a Conlutas e contra o capitalismo feroz . No Uruguai e no resto do mundo, o sistema capitalista não humaniza. É a propriedade privada. Fizemos uma grande manifestação no 1º de maio este ano com o apoio da Conlutas exigindo a independência política dos trabalhadores. Defendemos um 1º de maio sem patrões e sem governo. E ainda exigimos a retirada das tropas uruguaias do Haiti. Desenvolvemos um trabalho forte na área de direitos humanos, trazendo de volta para o debate centenas de companheiros desaparecidos na ditadura porque o sistema capitalista acomodou a ditadura.
Conlutas - Gostaria que a senhora falasse mais sobre essa acomodação...
I.L – A ditadura dos militares da América Latina acomodou o processo revolucionário que vinha se formando a partir da luta dos nossos militantes quando essas pessoas começaram a desaparecer. E, hoje, esses governos “progressistas”, que apareceram como a grande esperança, escondem os fatos. Mas nós não queremos a guerra imperialista nem a paz capitalista!
Conlutas – E o governo Lula nesse processo?
I.L – Não só o governo Lula, mas todos esses governos de direita da América Latina. São todos modelos da experiência imperialista. Brasil e Uruguai estão massacrando o povo do Haiti. O Lula encabeça essa iniciativa.
Conlutas – Quem é mais perigoso para a América Latina: Lula ou Chavez?
I.L – Esse é um debate muito interessante porque são governos que se apresentaram como de esquerda, mas fazem um governo capitalista. Chavez não tem uma posição clara. E esses governos não funcionam para os trabalhadores. Funcionam para outra classe, não para os trabalhadores.
Conlutas – Que mensagem a senhora deixaria para os militantes brasileiros da Conlutas?
I.L – O Brasil tem uma energia muito boa. Diria para as pessoas que continuem acreditando. No Uruguai, usamos uma frase em referência aos companheiros desaparecidos e mortos da ditadura e que pode simbolizar este momento: “Se estou em sua memória, sou parte desta história”.
Conlutas - A senhora poderia fazer uma análise sobre a importância desse I Congresso Nacional da Conlutas?
Irmã Leite – Como militante classista, combativa e independente de todos os governos, participar desse Congresso é alentador. É emocionante e gratificante encontrar homens e mulheres que acreditam. A homenagem feita no debate de ontem (sexta-feira) ao manifesto comunista, que completa 160 anos, me emocionou bastante.
Conlutas - Com 160 anos (o manifesto comunista) é bastante atual...
I.L – Muito atual. Um documento histórico que ainda é fundamental para as lutas dos trabalhadores de todo o mundo.
Conlutas – O que representa, neste momento, o Elac para a senhora?
I.L – Um intercâmbio de experiência, uma parceria com a Conlutas e contra o capitalismo feroz . No Uruguai e no resto do mundo, o sistema capitalista não humaniza. É a propriedade privada. Fizemos uma grande manifestação no 1º de maio este ano com o apoio da Conlutas exigindo a independência política dos trabalhadores. Defendemos um 1º de maio sem patrões e sem governo. E ainda exigimos a retirada das tropas uruguaias do Haiti. Desenvolvemos um trabalho forte na área de direitos humanos, trazendo de volta para o debate centenas de companheiros desaparecidos na ditadura porque o sistema capitalista acomodou a ditadura.
Conlutas - Gostaria que a senhora falasse mais sobre essa acomodação...
I.L – A ditadura dos militares da América Latina acomodou o processo revolucionário que vinha se formando a partir da luta dos nossos militantes quando essas pessoas começaram a desaparecer. E, hoje, esses governos “progressistas”, que apareceram como a grande esperança, escondem os fatos. Mas nós não queremos a guerra imperialista nem a paz capitalista!
Conlutas – E o governo Lula nesse processo?
I.L – Não só o governo Lula, mas todos esses governos de direita da América Latina. São todos modelos da experiência imperialista. Brasil e Uruguai estão massacrando o povo do Haiti. O Lula encabeça essa iniciativa.
Conlutas – Quem é mais perigoso para a América Latina: Lula ou Chavez?
I.L – Esse é um debate muito interessante porque são governos que se apresentaram como de esquerda, mas fazem um governo capitalista. Chavez não tem uma posição clara. E esses governos não funcionam para os trabalhadores. Funcionam para outra classe, não para os trabalhadores.
Conlutas – Que mensagem a senhora deixaria para os militantes brasileiros da Conlutas?
I.L – O Brasil tem uma energia muito boa. Diria para as pessoas que continuem acreditando. No Uruguai, usamos uma frase em referência aos companheiros desaparecidos e mortos da ditadura e que pode simbolizar este momento: “Se estou em sua memória, sou parte desta história”.
Delegados dos Correios chegam ao I Congresso da Conlutas
A delegação dos trabalhadores dos Correios chegou na tarde deste sábado, dia 5, ao I Congresso da Conlutas. A greve nacional da categoria impediu os ativistas de estar no evento desde o seu início.
Fábio Caetano dos Santos é diretor do sindicato dos trabalhadores dos correios no Vale do Paraíba. Ele conta que na região mais de 70% da categoria já aderiu à greve. “A mobilização está muito forte. Já existem mais de 280 milhões de itens parados nas agências”, afirmou.
A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) conseguiu uma liminar obrigando 50% dos trabalhadores a retornarem aos trabalhos. De acordo com Fábio, a categoria está tentando derrubar essa ação: “Caso não derrubemos a liminar, pretendemos manter a greve”.
O diretor ainda ressaltou a importância do I Congresso apoiar a greve. “O Congresso está refletindo a disposição de luta de muitos ativistas, queremos esse apoio na nossa greve. Acho fundamental a posição das delegações internacionais que já declararam seu apoio”, concluiu.
A greve dos trabalhadores dos correios acontece, pois a ECT, pela segunda vez, descumpriu um acordo que fez com a categoria. No acordo está previsto, entre outras coisas, o pagamento de 30% de adicional de risco, que deveria ter sido incorporado aos salários dos carteiros e atendentes desde março.
Fábio Caetano dos Santos é diretor do sindicato dos trabalhadores dos correios no Vale do Paraíba. Ele conta que na região mais de 70% da categoria já aderiu à greve. “A mobilização está muito forte. Já existem mais de 280 milhões de itens parados nas agências”, afirmou.
A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) conseguiu uma liminar obrigando 50% dos trabalhadores a retornarem aos trabalhos. De acordo com Fábio, a categoria está tentando derrubar essa ação: “Caso não derrubemos a liminar, pretendemos manter a greve”.
O diretor ainda ressaltou a importância do I Congresso apoiar a greve. “O Congresso está refletindo a disposição de luta de muitos ativistas, queremos esse apoio na nossa greve. Acho fundamental a posição das delegações internacionais que já declararam seu apoio”, concluiu.
A greve dos trabalhadores dos correios acontece, pois a ECT, pela segunda vez, descumpriu um acordo que fez com a categoria. No acordo está previsto, entre outras coisas, o pagamento de 30% de adicional de risco, que deveria ter sido incorporado aos salários dos carteiros e atendentes desde março.
Congresso da Conlutas já tem resoluções sobre conjuntura internacional
As resoluções discutidas nos grupos de trabalho, que se reuniram durante todo o dia 5 e pela manhã do dia 6, começaram a ser votadas pela plenária geral do congresso na tarde deste sábado. Até o momento, foram aprovadas as resoluções referentes à situação internacional: conjuntura, América Latina/Venezuela e dívidas externa e interna.
Conjuntura Internacional
A resolução que foi aprovada, por maioria, é a de número 1 do caderno de resoluções. Entre as bandeiras de luta, exige a saída das tropas brasileiras do Haiti e das tropas imperialistas do Iraque e do Afeganistão, a saída de Israel da Palestina, e os direitos e a legalização dos imigrantes em todo o mundo. Os grupos de trabalho fizeram adendos que foram aprovados em conjunto com a resolução, como a reivindicação de internacionalismo proletário e independência política em relação a todos os governos capitalistas e a não confiança nos governos da América Latina, como Lula, Chavez, Evo Morales e Lugo – adiantando o debate do segundo ponto.
América Latina/Venezuela
Sobre este tema, foram aprovadas por maioria as resoluções 2 e 4 do caderno, também com alguns adendos, como a exigência do fim das bases militares na América Latina e a ampliação dos debates sobre a natureza dos governos no continente. O governo Chavez voltou a ser criticado por não ter abolido o latifúndio, pelo uso do aparato do Estado e por fazer acordos com a Burguesia.
Dívidas Externa e Interna
O Congresso da Conlutas aprovou a resolução de número 5, que reafirma o não pagamento das dívidas. A resolução inclui, ainda, a realização de uma campanha nacional contra o pagamento da dívida. O único adendo feito foi a inclusão dos governos municipais na resolução.
Saudações internacionais
Durante a plenária, dirigentes de entidades internacionais, como a Tendência Classista e Combativa do Uruguai e a TCCA Central Geral do Trabalho da Espanha, foram à mesa saudar o 1° Congresso da Conlutas.
Nesse momento, a plenária continua e os delegados debatem a conjuntura Nacional.
Conjuntura Internacional
A resolução que foi aprovada, por maioria, é a de número 1 do caderno de resoluções. Entre as bandeiras de luta, exige a saída das tropas brasileiras do Haiti e das tropas imperialistas do Iraque e do Afeganistão, a saída de Israel da Palestina, e os direitos e a legalização dos imigrantes em todo o mundo. Os grupos de trabalho fizeram adendos que foram aprovados em conjunto com a resolução, como a reivindicação de internacionalismo proletário e independência política em relação a todos os governos capitalistas e a não confiança nos governos da América Latina, como Lula, Chavez, Evo Morales e Lugo – adiantando o debate do segundo ponto.
América Latina/Venezuela
Sobre este tema, foram aprovadas por maioria as resoluções 2 e 4 do caderno, também com alguns adendos, como a exigência do fim das bases militares na América Latina e a ampliação dos debates sobre a natureza dos governos no continente. O governo Chavez voltou a ser criticado por não ter abolido o latifúndio, pelo uso do aparato do Estado e por fazer acordos com a Burguesia.
Dívidas Externa e Interna
O Congresso da Conlutas aprovou a resolução de número 5, que reafirma o não pagamento das dívidas. A resolução inclui, ainda, a realização de uma campanha nacional contra o pagamento da dívida. O único adendo feito foi a inclusão dos governos municipais na resolução.
Saudações internacionais
Durante a plenária, dirigentes de entidades internacionais, como a Tendência Classista e Combativa do Uruguai e a TCCA Central Geral do Trabalho da Espanha, foram à mesa saudar o 1° Congresso da Conlutas.
Nesse momento, a plenária continua e os delegados debatem a conjuntura Nacional.
Mineiros bolivianos e brasileiros trocam experiências
Mineiros bolivianos presentes no 1º Congresso da Conlutas se reuniram com os colegas brasileiros que trabalham na Vale do Rio Doce para conhecer como funciona e trocar informaões sobre a realidade da categoria nos países.
Precarização, desemprego e falta de liberdade são problemas comuns. Um ponto lembrado na reunião entre os sindicalistas é que quando a situação trabalhista é diferente em dois países, os patrões sempre nivelam por baixo. As más condições na Bolívia acabam sendo “desculpa” para retirar direitos no Brasil.
Um outro assunto que também foi discutido foram as mudanças na previdência aqui e lá. Os brasileiros se impressionaram com as condições dos mineiros da Bolívia. Lá só se aposenta com 60 anos de idade. “Muitos não vivem tanto”, lamenta René.
Daí a necessidade de unidade da classe e internacionalista, um dos principais objetivos da construção do ELAC.
Livros, DVD´s, cachecol, canecas também dividem as atenções
Além das barracas de alimentação, que fazem sucesso entre os delegados e delegadas, também há bancas de livros e DVD´s pertencentes às organizações políticas presentes no Congresso.
Na barraca da Liga Estratégia Revolucionária (LER), a responsável Clarissa Lemos destacou dois livros: A Classe operária na luta contra a ditadura, e A Revolução de Outubro de Leon Trotsky com texto inédito de John Reed, Os Soviets em ação. O valor dos livros é de R$ 6,00 e 20,00, respectivamente.
No Espaço Ilaese, o destaque é o último caderno de debates, Reorganização do Movimento Sindical no Brasil, referente ao seminário de mesma temática realizado no final de 2007. “O Seminário reuniu cerca de 70 companheiros, representando 30 entidades. Mas o material já se refletiu em cursos, palestras. Isso é bastante positivo. Agora estamos vendo a possibilidade de expandir o seminário para o Nordeste”, explica o coordenador do Ilaese, Willian Felippe. O caderno custa R$ 15,00.
Vale a pena visitar o espaço que a Conlutas dispõe onde estão sendo vendidas camisetas do 1º Congresso e uma caneca com a logomarca da entidade e a consigna: “Se muito vale o já feito, mais vale o que será”. A camiseta sai por R$ 15,00 e a caneca a R$ 10,00.
Outro camarada já é conhecido dos paulistanos que freqüentam a região da Rua Augusta, na região da Avenida Paulista. Bruno Henrique vende camisetas de todas as temáticas, incluindo as literárias com fotos e frase de Clarice Lispector, por exemplo.
Os militantes da LBI afirmaram que o jornal da entidade é o que mais sai, mas o que mantém o stand é a venda de DVD´s. Os títulos mais procurados estão relacionados à militância e a história do trotskismo.
Já na barraca do PSTU, além das camisetas, também os DVD´s têm tido boa saída. Os filmes Encouraçado Pontemkim e Rosa Luxemburg são os mais comprados. Cada DVD custa R$ 10,00 e a partir do terceiro o preço cai para R$ 8,00. Quem quiser ainda pode ver blusas do Equador.
Na barraca Unidos pra lutar, o destaque é o livro de Nahuel Moreno, El tigre pobladora. Diálogos inéditos da Editora El Socialista, que sai por R$ 10,00.
No stand da Livraria Arsenal do Livro, há uma promoção com conjuntos de livros da tradição marxista. Em uma delas, 4 livros da Coleção 10 saem por R$ 20,00.
Para quem curte Maiakovski, há um cartaz do poeta com os dizeres em russo, Em todo o planeta, os camaradas declaram: não haverá guerra. Também há as tradicionais bonecas russas matriusca (em português), ou em russo Matryoshka. Roupas bolivianas confeccionadas com lã de lhama também podem ser adquiridas. Estes materiais estão disponíveis na barraca do Elac.
Vale lembrar que tudo que é vendido nas barracas do Congresso é utilizado para pagar a vinda dos companheiros ou mesmo para reverter para as organizações e colaborar na manutenção das atividades.
Na barraca da Liga Estratégia Revolucionária (LER), a responsável Clarissa Lemos destacou dois livros: A Classe operária na luta contra a ditadura, e A Revolução de Outubro de Leon Trotsky com texto inédito de John Reed, Os Soviets em ação. O valor dos livros é de R$ 6,00 e 20,00, respectivamente.
No Espaço Ilaese, o destaque é o último caderno de debates, Reorganização do Movimento Sindical no Brasil, referente ao seminário de mesma temática realizado no final de 2007. “O Seminário reuniu cerca de 70 companheiros, representando 30 entidades. Mas o material já se refletiu em cursos, palestras. Isso é bastante positivo. Agora estamos vendo a possibilidade de expandir o seminário para o Nordeste”, explica o coordenador do Ilaese, Willian Felippe. O caderno custa R$ 15,00.
Vale a pena visitar o espaço que a Conlutas dispõe onde estão sendo vendidas camisetas do 1º Congresso e uma caneca com a logomarca da entidade e a consigna: “Se muito vale o já feito, mais vale o que será”. A camiseta sai por R$ 15,00 e a caneca a R$ 10,00.
Outro camarada já é conhecido dos paulistanos que freqüentam a região da Rua Augusta, na região da Avenida Paulista. Bruno Henrique vende camisetas de todas as temáticas, incluindo as literárias com fotos e frase de Clarice Lispector, por exemplo.
Os militantes da LBI afirmaram que o jornal da entidade é o que mais sai, mas o que mantém o stand é a venda de DVD´s. Os títulos mais procurados estão relacionados à militância e a história do trotskismo.
Já na barraca do PSTU, além das camisetas, também os DVD´s têm tido boa saída. Os filmes Encouraçado Pontemkim e Rosa Luxemburg são os mais comprados. Cada DVD custa R$ 10,00 e a partir do terceiro o preço cai para R$ 8,00. Quem quiser ainda pode ver blusas do Equador.
Na barraca Unidos pra lutar, o destaque é o livro de Nahuel Moreno, El tigre pobladora. Diálogos inéditos da Editora El Socialista, que sai por R$ 10,00.
No stand da Livraria Arsenal do Livro, há uma promoção com conjuntos de livros da tradição marxista. Em uma delas, 4 livros da Coleção 10 saem por R$ 20,00.
Para quem curte Maiakovski, há um cartaz do poeta com os dizeres em russo, Em todo o planeta, os camaradas declaram: não haverá guerra. Também há as tradicionais bonecas russas matriusca (em português), ou em russo Matryoshka. Roupas bolivianas confeccionadas com lã de lhama também podem ser adquiridas. Estes materiais estão disponíveis na barraca do Elac.
Vale lembrar que tudo que é vendido nas barracas do Congresso é utilizado para pagar a vinda dos companheiros ou mesmo para reverter para as organizações e colaborar na manutenção das atividades.
“Meu trabalho é levar a mensagem”
O Encontro Latino-Americano e do Caribe (Elac), que acontece nos dia 7 e 8 de julho, e reunirá trabalhadores de toda a América Latina, além de convidados de outros continentes, fez com que a equipe de organização se preocupasse ainda mais com o serviço de tradução do português para o espanhol e o inglês, e vice-versa.
Mesmo antes do Elac ter início, a tradução já começou a funcionar porque boa parte das delegações estrangeiras já chegou ao 1º Congresso da Conlutas no seu segundo dia.
Um dos trabalhadores que atuam como tradutor contou sobre a experiência de traduzir simultaneamente um dos debates mais importantes no processo de reorganização da classe trabalhadora brasileira e latina.
Ciro Cornélio Aquino Morin é um venezuelano que reside há 12 anos no Brasil, especificamente em São Paulo, e que pela primeira vez trabalha num congresso de trabalhadores desta dimensão.
As dificuldades da tradução entre um evento qualquer e um evento que reúne trabalhadores de distintas organizações, diz ele, é “que há um construto de linguagem do sindicalismo que outras agrupações não possuem. É uma linguagem com termos específicos”.
Outro aspecto que Ciro destaca é o fato de não poder se envolver no debate elevando o tom de voz como fazem os camaradas que estão intervindo. “Estou trabalhando para levar a linguagem, a mensagem e não avaliá-la”, disse.
“Temos o cuidado fundamental de manter o tom de voz, enquanto os que falam ao microfone estão utilizando técnicas de agitação, nós temos de manter uma plano, uma constância no falar, mas há uma tendência em repetir o estilo oratório. Isso não funciona no ouvido”, explicou.
Sobre o problema das gírias que acabam por fazer parte da intervenção de muitos camaradas, Ciro diz que procura aproximar uma equivalência entre o espanhol argentino e o venezuelano que contemplam a compreensão da maior parte dos latinos.
“O ô meu usado pelos paulistanos, eu traduzo como pana, que equivale a compadre, amigo. É lógico que depende do contexto, mas sempre acaba funcionando”. A dica é procurar sempre um idioma standard “e usar o dicionário mesmo”. Por fim, a tradução só funciona, garante o venezuelano, quando o parceiro de cabine também está afinado.
Por Gislene Bosnich
Mesmo antes do Elac ter início, a tradução já começou a funcionar porque boa parte das delegações estrangeiras já chegou ao 1º Congresso da Conlutas no seu segundo dia.
Um dos trabalhadores que atuam como tradutor contou sobre a experiência de traduzir simultaneamente um dos debates mais importantes no processo de reorganização da classe trabalhadora brasileira e latina.
Ciro Cornélio Aquino Morin é um venezuelano que reside há 12 anos no Brasil, especificamente em São Paulo, e que pela primeira vez trabalha num congresso de trabalhadores desta dimensão.
As dificuldades da tradução entre um evento qualquer e um evento que reúne trabalhadores de distintas organizações, diz ele, é “que há um construto de linguagem do sindicalismo que outras agrupações não possuem. É uma linguagem com termos específicos”.
Outro aspecto que Ciro destaca é o fato de não poder se envolver no debate elevando o tom de voz como fazem os camaradas que estão intervindo. “Estou trabalhando para levar a linguagem, a mensagem e não avaliá-la”, disse.
“Temos o cuidado fundamental de manter o tom de voz, enquanto os que falam ao microfone estão utilizando técnicas de agitação, nós temos de manter uma plano, uma constância no falar, mas há uma tendência em repetir o estilo oratório. Isso não funciona no ouvido”, explicou.
Sobre o problema das gírias que acabam por fazer parte da intervenção de muitos camaradas, Ciro diz que procura aproximar uma equivalência entre o espanhol argentino e o venezuelano que contemplam a compreensão da maior parte dos latinos.
“O ô meu usado pelos paulistanos, eu traduzo como pana, que equivale a compadre, amigo. É lógico que depende do contexto, mas sempre acaba funcionando”. A dica é procurar sempre um idioma standard “e usar o dicionário mesmo”. Por fim, a tradução só funciona, garante o venezuelano, quando o parceiro de cabine também está afinado.
Por Gislene Bosnich
Grupos de debates são momentos privilegiados de democracia
Os grupos de discussão do Congresso da Conlutas ocorreram durante o dia de sexta-feira e manhã de sábado. Na tarde de sábado e domingo o plenário votará as propostas encaminhadas pelos grupos. A partir de agora os delegados terão que votar o plano de ação, a política e a organização da coordenação. O que for deliberado será o norte para nossa ação nos próximos meses.
Os temas se dividiram em Conjuntura nacional e internacional, movimentos sociais, combate a opressões e funcionamento interno. Não é sem importância o fato de resgatarmos a tradição da discussão democrática, onde qualquer delegado ou observador pode falar sua opinião e sua proposta. Do sem-terra de Inhumas, no interior de Goiás, até a professora de São Paulo, todos tiveram o mesmo tempo para mostrar suas opiniões.
O espaço também foi usado para divulgar as lutas travadas pelos delegados em seus estados, como a grande greve de profissionais da educação paulista. Ou a greve do peão de Fortaleza, que conseguiu este ano um acordo salarial maior que a média nacional da categoria.
As experiências de repressão puderam ser relatadas. Desde a demissão de um companheiro que participou de uma campanha salarial, até a ação dos capangas contra sem-terras. Muitos perceberam que a falta de liberdade para mobilização não é problema regional. Alguns abaixo-assinados foram passados em solidariedade a perseguidos e lutas locais, como a campanha contra a demissão do bancário Dirceu Travesso em São Paulo e a luta contra a desregulamentação da jornada de trabalho dos rodoviários do Amapá.
Os grupos de trabalho duraram um dia e meio dos quatro dias do Congresso, permitindo um amplo debate, democrático, para que todos os pontos que comporão as resoluções pudessem ser discutidos pelos delegados (as).
Movimentos agrários da Conlutas defendem a criação de uma Secretaria para o setor
Os representantes dos movimentos agrários da Conlutas, que participam do Congresso, realizaram um encontro na manhã deste sábado, 5. O encontro deliberou pela defesa da criação de uma Secretaria do Setor Agrário da Conlutas e a realização de um seminário no mês de setembro. Estas reivindicações serão levadas à plenária geral do congresso.
Os mais de cinqüenta militantes presentes vieram de cerca de vinte acampamentos e assentamentos de todo o país. Estavam representados o MTLDI, MPRA, setores minoritários do MST e a Conlutas do Campo. Além da secretaria própria e da realização do seminário, os movimentos definiram também uma série de propostas que serão organizadas em um caderno e encaminhadas à Conlutas, como a discussão do modelo de produção, a oposição ao agronegócio, a própria relação com a Conlutas e o debate sobre o papel do INCRA.
Os gritos de guerra, tradição dos movimentos do campo, não faltaram: Se o campo não planta, a cidade não janta!, bradaram os lutadores. Para finalizar: Se o campo e a cidade se unir, a burguesia não vai resistir!
Os mais de cinqüenta militantes presentes vieram de cerca de vinte acampamentos e assentamentos de todo o país. Estavam representados o MTLDI, MPRA, setores minoritários do MST e a Conlutas do Campo. Além da secretaria própria e da realização do seminário, os movimentos definiram também uma série de propostas que serão organizadas em um caderno e encaminhadas à Conlutas, como a discussão do modelo de produção, a oposição ao agronegócio, a própria relação com a Conlutas e o debate sobre o papel do INCRA.
Os gritos de guerra, tradição dos movimentos do campo, não faltaram: Se o campo não planta, a cidade não janta!, bradaram os lutadores. Para finalizar: Se o campo e a cidade se unir, a burguesia não vai resistir!
Sindicalistas suecos elogiam característica democrática do I Congresso da Conlutas
“Na Suécia, os congressos sindicais ocorrem a portas fechadas, são eventos para somente 300, 400 dirigentes. A oportunidade de ver esses mais de três mil trabalhadores debatendo suas lutas em um espaço democrático é única”, elogia Bilbo Göransson, sindicalista vindo de Estocolmo, na Suécia, para o I Congresso da Conlutas. Bilbo pretende participar também do ELAC, juntamente com a colega de sindicato Lucia Colazos de Las Casas.
Trabalhadores do ensino infantil, Bilbo e Lucia participam do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Municipais, cuja categoria engloba 500 mil trabalhadores. “Atualmente, o grande desafio que enfrentamos no sindicato é o atraso da direção, que parece viver em outro período e acredita em negociação fácil com os patrões, não está preparada para o enfrentamento do neoliberalismo e para a luta que precisamos construir com a aproximação de uma grande crise, que já se avizinha com a alta dos preços dos alimentos”, afirma Bilbo.
No Congresso da Conlutas e no ELAC, os militantes pretendem vislumbrar alianças e aprender mais sobre as experiências de luta dos trabalhadores da América Latina.
Trabalhadores do ensino infantil, Bilbo e Lucia participam do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Municipais, cuja categoria engloba 500 mil trabalhadores. “Atualmente, o grande desafio que enfrentamos no sindicato é o atraso da direção, que parece viver em outro período e acredita em negociação fácil com os patrões, não está preparada para o enfrentamento do neoliberalismo e para a luta que precisamos construir com a aproximação de uma grande crise, que já se avizinha com a alta dos preços dos alimentos”, afirma Bilbo.
No Congresso da Conlutas e no ELAC, os militantes pretendem vislumbrar alianças e aprender mais sobre as experiências de luta dos trabalhadores da América Latina.
Grupos debatem construção da Conlutas
Por volta das 15h30, teve início a plenária do 1° Congresso da Conlutas, na qual serão votadas as resoluções aprovadas nos grupos.
Durante a manhã, os delegados participaram da última rodada de discussões nos grupos. Os ativistas discutiram o conjunto de resoluções sobre estatutos e organização da Conlutas, que deverão ser levadas para votação no dia de amanhã.
O grupo 20, por exemplo, debateu o caráter da Conlutas. Um delegado defendeu que a entidade unifique todos os setores explorados, entre os trabalhadores do setor formal e informal, estudantes, além dos movimentos sociais. O tema sobre a proposta de unificação da Conlutas com a Intersindical também foi muito debatido entre os ativistas.
A riqueza dos debates, entre outros motivos, acontece pelos diferentes segmentos de trabalhadores presentes ao encontro. Para a servidora aposentada do Judiciário federal Ana Luiza Fevereiro, essa diversidade é necessária e inevitável. “Também vemos que as pessoas que estão aqui vieram bastante preparadas para a discussão. Eles representam a vanguarda do movimento”, ponderou Ana, que também é diretora do Sintrajud – SP.
Várias falas também centralizaram no fortalecimento dos sindicatos e das oposições de esquerda para a unidade da Conlutas. A participação dos estudantes nessa construção foi um outro ponto levantado e bastante debatido nos GTs.
Um militante carioca ressaltou que o crescimento da Conlutas está ligado ao fortalecimento dos sindicatos e das oposições. "Sou professor desempregado, mas milito há muito tempo. Como no Ceará, o PT também trata os trabalhadores com repressão. No governo da Benedita da Silva, por exemplo, a polícia recebeu os professores com cacetete. Temos que organizar os sindicatos e as oposições. Precisamos qualificar nossa luta", afirmou.
Num dos grupos, uma militante paraense defendeu que os estudantes devem estar colados a outros setores de luta, como os movimentos populares. "Sabemos que os operários são os agentes da revolução, mas os estudantes são importantes e devem estar unidos a outros setores da Conlutas", disse.
Os GTs debateram também, entre outros pontos, questões como a aposentadoria e até a luta pela reforma agrária.
Durante a manhã, os delegados participaram da última rodada de discussões nos grupos. Os ativistas discutiram o conjunto de resoluções sobre estatutos e organização da Conlutas, que deverão ser levadas para votação no dia de amanhã.
O grupo 20, por exemplo, debateu o caráter da Conlutas. Um delegado defendeu que a entidade unifique todos os setores explorados, entre os trabalhadores do setor formal e informal, estudantes, além dos movimentos sociais. O tema sobre a proposta de unificação da Conlutas com a Intersindical também foi muito debatido entre os ativistas.
A riqueza dos debates, entre outros motivos, acontece pelos diferentes segmentos de trabalhadores presentes ao encontro. Para a servidora aposentada do Judiciário federal Ana Luiza Fevereiro, essa diversidade é necessária e inevitável. “Também vemos que as pessoas que estão aqui vieram bastante preparadas para a discussão. Eles representam a vanguarda do movimento”, ponderou Ana, que também é diretora do Sintrajud – SP.
Várias falas também centralizaram no fortalecimento dos sindicatos e das oposições de esquerda para a unidade da Conlutas. A participação dos estudantes nessa construção foi um outro ponto levantado e bastante debatido nos GTs.
Um militante carioca ressaltou que o crescimento da Conlutas está ligado ao fortalecimento dos sindicatos e das oposições. "Sou professor desempregado, mas milito há muito tempo. Como no Ceará, o PT também trata os trabalhadores com repressão. No governo da Benedita da Silva, por exemplo, a polícia recebeu os professores com cacetete. Temos que organizar os sindicatos e as oposições. Precisamos qualificar nossa luta", afirmou.
Num dos grupos, uma militante paraense defendeu que os estudantes devem estar colados a outros setores de luta, como os movimentos populares. "Sabemos que os operários são os agentes da revolução, mas os estudantes são importantes e devem estar unidos a outros setores da Conlutas", disse.
Os GTs debateram também, entre outros pontos, questões como a aposentadoria e até a luta pela reforma agrária.
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Mais de 800 pessoas acompanham o Congresso pelo blog
Em dois dias, o blog do Congresso da Conlutas vem sendo acompanhado por mais de 800 pessoas espalhadas por mais de dez países. Companheiros de todos os lugares observam e têm acesso aos debates que permeiam a luta revolucionária em todo o mundo.
Por ordem decrescente de visitas, o quadro internacional de “observadores online” apresenta-se desta forma: Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Portugal, Reino Unido, Espanha, França, Bolívia, Venezuela, Chile, México, Canadá e Uruguai.
No Brasil, o sucesso não é diferente. Mais de sessenta cidades estão acompanhando o I Congresso da Conlutas. Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Fortaleza, Teresina, Campinas e Belém estão no topo da lista de visitantes.
Para enriquecer e intensificar as lutas, mais companheiros das cidades de Bauru, Porto Velho, Santarém, Macaé, Lavras, Criciúma, Rio Verde, Juazeiro do Norte, Vitória da Conquista, Palmeira das Missões, Caxias do Sul, Goiânia, Cascavel, Blumenau, por exemplo, nos visitam diariamente.
O I Congresso da Conlutas está se concretizando como um marco na história de lutas nacionais e internacionais. Não só para quem está presente em Betim, mas para todos aqueles que querem lutar.
Por ordem decrescente de visitas, o quadro internacional de “observadores online” apresenta-se desta forma: Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Portugal, Reino Unido, Espanha, França, Bolívia, Venezuela, Chile, México, Canadá e Uruguai.
No Brasil, o sucesso não é diferente. Mais de sessenta cidades estão acompanhando o I Congresso da Conlutas. Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Fortaleza, Teresina, Campinas e Belém estão no topo da lista de visitantes.
Para enriquecer e intensificar as lutas, mais companheiros das cidades de Bauru, Porto Velho, Santarém, Macaé, Lavras, Criciúma, Rio Verde, Juazeiro do Norte, Vitória da Conquista, Palmeira das Missões, Caxias do Sul, Goiânia, Cascavel, Blumenau, por exemplo, nos visitam diariamente.
O I Congresso da Conlutas está se concretizando como um marco na história de lutas nacionais e internacionais. Não só para quem está presente em Betim, mas para todos aqueles que querem lutar.
Movimento Negro da Conlutas: hora de avançar na construção
Para o período da tarde, o GT de Negros da Conlutas preparou uma tenda de debates sobre a necessidade da criação de um movimento negro de caráter classista, anti-capitalista, independente dos governos, socialistas e de oposição ao governo Lula.
O evento acontecerá no Quilombo, uma tenda já famosa entre os congressistas dado o nível dos debates e as atividades culturais pungentes que acontecem por lá.
“Ao longo do tempo, os movimentos negros sofreram uma forte capitulação e cooptação do governo Lula; a realidade tem demonstrado a necessidade, cada vez maior, de um movimento Negro de caráter classista, com horizonte socialista, organizado pela Conlutas”, afirma Crispim, organizador do Movimento Negro da Conlutas.
Após o debate, que tem por objetivo a apresentação desta proposta aos congressistas, o Quilombo organizou diversas atividades culturais como a apresentação dos Filhos de Gandhi; integrantes da Vai-Vai; e os grupos culturais Tiquinho e Cia Primitiva.
Principais reivindicações:
Por um novo Movimento Negro anti-capitalista, independente dos governos, socialista e de oposição ao governo Lula.
Liberdade de expressão para a cultura afro-brasileira (candomblé, samba, capoeira, etc).
Basta de assassinatos contra negros e negras!
Repúdio à violência, racista, machista e homofóbica!
Titularização das terras das comunidades Quilombolas
Reparações e cotas para o povo negro!
O evento acontecerá no Quilombo, uma tenda já famosa entre os congressistas dado o nível dos debates e as atividades culturais pungentes que acontecem por lá.
“Ao longo do tempo, os movimentos negros sofreram uma forte capitulação e cooptação do governo Lula; a realidade tem demonstrado a necessidade, cada vez maior, de um movimento Negro de caráter classista, com horizonte socialista, organizado pela Conlutas”, afirma Crispim, organizador do Movimento Negro da Conlutas.
Após o debate, que tem por objetivo a apresentação desta proposta aos congressistas, o Quilombo organizou diversas atividades culturais como a apresentação dos Filhos de Gandhi; integrantes da Vai-Vai; e os grupos culturais Tiquinho e Cia Primitiva.
Principais reivindicações:
Por um novo Movimento Negro anti-capitalista, independente dos governos, socialista e de oposição ao governo Lula.
Liberdade de expressão para a cultura afro-brasileira (candomblé, samba, capoeira, etc).
Basta de assassinatos contra negros e negras!
Repúdio à violência, racista, machista e homofóbica!
Titularização das terras das comunidades Quilombolas
Reparações e cotas para o povo negro!
Palestrantes destacam atualidade do pensamento marxista
Nos 160 anos do Manifesto Comunista, foi realizado na noite desta sexta-feira, 4, painel que debateu a atualidade do marxismo e da revolução socialista, com o plenário lotado.
Charles Andrés Udry
Para o suíço Charles, é preciso colocar o que Marx dizia “na ordem do dia”. As relações de trabalho atuais, no entanto, exigem que sejam pensadas outras formas de unir os trabalhadores e trabalhadoras. Com mais de metade dos trabalhadores e trabalhadoras na informalidade, a atuação sindical também merece ser repensada, na opinião do suíço, e um ponto central é a reapropriação social da terra e dos meios de produção.
Ricardo Antunes reforçou a necessidade de organização dos “novos trabalhadores”. “Hoje em dia há uma política de individualização da classe trabalhadora, às vezes, colocando um contra o outro. Como resgatar o sentido de pertencimento de classe? Temos que criar novos mecanismos capazes de juntar todos. Nesse espaço está a Conlutas”, defendeu.
Diante da situação, comparada por Antunes a níveis próximos ao do século 18, os três palestrantes vêem a Conlutas como uma verdadeira perspectiva de mudança.
Para falar sobre o tema, o 1º Congresso da Conlutas contou com Valério Arcary, historiador e professor do Cefet-SP, Charles A. Udry, economista suíço e diretor da coleção Cahiers livres e da revista A Lecontre, e Ricardo Antunes, professor de Sociologia do Trabalho na Unicamp. Todos ressaltaram a importância do Manifesto, sua atualidade nos dias de hoje e os desafios dos sindicatos e da classe trabalhadora rumo a uma sociedade socialista.
Para o suíço Charles, é preciso colocar o que Marx dizia “na ordem do dia”. As relações de trabalho atuais, no entanto, exigem que sejam pensadas outras formas de unir os trabalhadores e trabalhadoras. Com mais de metade dos trabalhadores e trabalhadoras na informalidade, a atuação sindical também merece ser repensada, na opinião do suíço, e um ponto central é a reapropriação social da terra e dos meios de produção.
Ricardo Antunes reforçou a necessidade de organização dos “novos trabalhadores”. “Hoje em dia há uma política de individualização da classe trabalhadora, às vezes, colocando um contra o outro. Como resgatar o sentido de pertencimento de classe? Temos que criar novos mecanismos capazes de juntar todos. Nesse espaço está a Conlutas”, defendeu.
Diante da situação, comparada por Antunes a níveis próximos ao do século 18, os três palestrantes vêem a Conlutas como uma verdadeira perspectiva de mudança.
Segundo Arcary, o capitalismo não consegue garantir emprego a todos. “As garantias históricas do trabalhador estão ameaçadas, ou lutamos pelo socialismo, ou sucumbiremos”.
Chirino defende uma alternativa revolucionária para os trabalhadores da América Latina
No início da segunda noite do 1º Congresso da Conlutas, o dirigente da União Nacional dos Trabalhadores (UNT), da Venezuela, Orlando Chirino, defendeu a construção de uma alternativa revolucionária para os trabalhadores da América Latina. Ele acredita que o Encontro Latino-Americano e Caribenho de Trabalhadores (ELAC), que se inicia no dia 7 de julho, também em Betim, será um espaço importante para o fomento do debate sobre esta construção.
Chirino foi o convidado especial do debate chamado pelas correntes Unidos Pra Lutar, Conspiração Socialista e Frente de Oposição Socialista, intitulado "Os trabalhadores e o Desafio da Revolução Venezuelana". O debate foi a primeira parte da recepção à delegação venezuelana, que continua no final da noite com a realização de uma festa caribenha, que promete salsa e merengue como forma de socialização cultural.
“Participar do I Congresso da Conlutas é uma alegria. Fico contente de saber que há também aqui uma visão de independência de classe”, disse Chirino. Ele lembrou a trajetória que levou os trabalhadores venezuelanos a fundar a UNT e, depois, a corrente político-sindical C-CURA (Corrente Classista Unitária Revolucionária e Autônoma).
“A UNT foi fundada em um contexto de confrontação [do golpe de estado patrocinado pelo imperialismo, em 2002] e sob um programa calcado na independência de classe, de caráter internacionalista e com total autonomia em relação ao Estado, governos e patrões”, afirmou o dirigente.
“Entretanto, no segundo congresso da UNT, em 2006, convocado no intuito de ratificar o seu caráter, veio à tona a intenção do governo Chavez e de um setor da entidade de acabar com a sua autonomia frente ao governo”, contou. Foi neste momento em que a C-CURA foi fundada, no intuito de combater qualquer tentativa de controle por parte do governo sobre o movimento sindical.
“Paralelo a isto, o governo Chavez, ao invés de aprofundar o desmantelamento do estado burguês para a construção do estado socialista, optou por uma reforma do estado que aumentou seu poder enquanto presidente e iniciou uma nova etapa de seu governo, de acordos com a burguesia”, disse Chirino.
Outra denúncia feita pelo dirigente durante o debate foi a perseguição que Chavez tem empreendido aos dirigentes sindicais críticos de seu governo desde então – ele próprio foi demitido da estatal petroleira venezuelana, PDVSA, por motivos políticos, que resultou em uma grande campanha internacional por sua reincorporação.
Uma das polêmicas protagonizadas pelos participantes do Congresso durante os GTs da manhã foi reavivada no debate: no bloco das perguntas, Chirino foi provocado por alguns delegados a opinar sobre a possibilidade do Congresso da Conlutas aprovar uma resolução de continuidade do debate sobre os governos Evo, Correa e Chavez ou optar desde já por um posicionamento contrário. O dirigente respondeu: “Sou contra a possibilidade deste Congresso não se posicionar, especialmente em relação ao governo Chavez”. A resolução em questão faz parte do eixo de conjuntura internacional e será votada no domingo, último dia do Congresso.
Perguntado sobre o governo Lula, o sindicalista foi taxativo: “É burguês e imperialista [referindo-se, principalmente às tropas brasileiras no Haiti]. Se não temos confiança em Chavez, tampouco teríamos em Lula”.
Chirino finalizou com entusiasmo, defendendo uma ferramenta partidária para o movimento combativo dos trabalhadores venezuelanos: “existe uma enorme possibilidade de mobilização das massas para a construção de um partido revolucionário capaz de tomar o poder e erradicar a exploração, construindo o socialismo”. Prometeu aprofundar este debate no ELAC.
A platéia respondeu com o grito uníssono: “Venezuela, revolução! Trabalhadores em ação!”.
Governo Lula, traição da CUT e luta contra burocratização
A conjuntura nacional foi dissecada nos debates dos vinte grupos de trabalho que se reuniram na tarde desta sexta-feira, 4 de julho, no ginásio Divino Braga, em Betim.
Temas como o governo Lula, a traição do PT e da CUT aos trabalhadores, eleições municipais, burocratização nos sindicatos provocaram os principais debates na maioria dos GTs. Além das questões pontuais também houve debate sobre o plano de ação que a Conlutas poderá defender no próximo período.
Um delegado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Ceará, que participou de uma greve histórica recentemente, atacou a gestão da prefeita Luziane Lins. “O PT foi o que apareceu de pior no Ceará. Luziane chegou agora dos EUA e comandou novos ataques aos trabalhadores”, disse.
Em outro GT, um delegado também atacou o PT e aproveitou o momento para defender a unificação da Frente de Esquerda nas próximas eleições formada por partidos como o PSTU, PSOL e PCB. Em alguns estados, a Frente é uma realidade. Já em outras capitais, há divergências nas cabeças da chapa.
A burocratização dos sindicatos, que leva ao afastamento da direção em relação à base, o fim da democracia operária e até à degeneração, também foi tema nos debates de defesa de tese. Um delegado sindicalista ressaltou a importância dos sindicatos, mas reconheceu os entraves burocráticos no movimento sindical e cobrou o combate permanente contra a burocratização.
Ao final dos debates, os grupos de relatoria farão a sistematização das resoluções aprovadas e todas as propostas que obtiveram pelo menos 10% dos votos dos delegados, serão encaminhadas e votadas na plenária final que começa na tarde de sábado e encerrará no próximo domingo, 6 de julho, no encerramento do 1° Congresso da Conlutas.
Temas como o governo Lula, a traição do PT e da CUT aos trabalhadores, eleições municipais, burocratização nos sindicatos provocaram os principais debates na maioria dos GTs. Além das questões pontuais também houve debate sobre o plano de ação que a Conlutas poderá defender no próximo período.
Um delegado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Ceará, que participou de uma greve histórica recentemente, atacou a gestão da prefeita Luziane Lins. “O PT foi o que apareceu de pior no Ceará. Luziane chegou agora dos EUA e comandou novos ataques aos trabalhadores”, disse.
Em outro GT, um delegado também atacou o PT e aproveitou o momento para defender a unificação da Frente de Esquerda nas próximas eleições formada por partidos como o PSTU, PSOL e PCB. Em alguns estados, a Frente é uma realidade. Já em outras capitais, há divergências nas cabeças da chapa.
A burocratização dos sindicatos, que leva ao afastamento da direção em relação à base, o fim da democracia operária e até à degeneração, também foi tema nos debates de defesa de tese. Um delegado sindicalista ressaltou a importância dos sindicatos, mas reconheceu os entraves burocráticos no movimento sindical e cobrou o combate permanente contra a burocratização.
Ao final dos debates, os grupos de relatoria farão a sistematização das resoluções aprovadas e todas as propostas que obtiveram pelo menos 10% dos votos dos delegados, serão encaminhadas e votadas na plenária final que começa na tarde de sábado e encerrará no próximo domingo, 6 de julho, no encerramento do 1° Congresso da Conlutas.
Mulheres, negros, GLBT, movimentos sindical, popular e estudantil são temas de painel
Logo após o almoço desta sexta-feira, dia 4, foi realizado um painel com os Grupos de Trabalho da Conlutas que discutem questões específicas. Estiveram presentes representantes do movimento sindical, estudantil, popular, agrário, negro, feminino e homossexual.
A Coordenação Nacional de Lutas foi criada para unir movimentos de diversas matizes, com o objetivo de consolidar uma central classista, plural e democrática, para unir de conjunto a classe trabalhadora. A iniciativa é inédita.
Diante desta política, nas falas foi apontado por todos o crescimento da integração entre os vários tipos de movimentos. Mancha, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, explicou o novo tipo de sindicalismo que a Conlutas defende. “Os sindicatos precisam de independência, mas precisam ser politizados. Lutar apenas pelos interesses da categoria não basta”, afirmou.
Mas, além dos trabalhadores, os estudantes também estão se reorganizando. A estudante Camila lembrou do papel das grandes ocupações de reitoria acontecidas recentemente. “O movimento estudantil nunca morreu, mas agora ele ressurge com toda a força”, lembra. Estudantes que participaram e organizaram as ocupações de reitoria da USP e da UnB estão presentes no encontro.
Para o militante do movimento social urbano Guilherme, a união entre o movimento sindical, estudantil e popular não deve se restringir à “solidariedade”. Para ele, “a alta do preço dos alimentos prejudica a todos, e apenas juntos podemos vencer”.
O movimento agrário foi lembrado por “Zelito”, do Movimento Terra Trabalho e Liberdade Democrático e Independente. Ele afirmou a necessidade de um movimento agrário sem ligação com o governo, já que Lula “infelizmente não mudou sua política para o campo”.
Luta contra o machismo, racismo e homofobia
“Nem nos tempos áureos da CUT o assunto era discutido desta forma”, lembrou a militante do movimento negro Deise. O debate de opressões sempre foi um dos pontos fortes da Conlutas, pois atualmente a maioria das direções dos movimentos negro, feminista e homossexual, são ligadas a grandes empresas e a grupos contrários à luta da classe trabalhadora. “Não pode. O negro sofreu com o racismo por 400 anos, e deve se unir com os trabalhadores para sair de sua condição”, lembrou a militante.
Para Douglas, do movimento gay, “é grave quando os sindicatos se omitem da luta contra o homofobia. Somos uma parte significativa dos trabalhadores”. Além de dividir a classe, o preconceito contra os homossexuais ainda joga muitos gays trabalhadores nas mãos de direções vendidas aos patrões. Um exemplo “é a parada gay de São Paulo, que já foi patrocinada pela General Motors, que ataca seus operários”. Por isso, “quem oprime um gay ou uma mulher está do lado da burguesia”.
A situação da mulher foi lembrada pela ativista Janaína Rodrigues. “Somos metade da classe trabalhadora. Mas a mulher ainda recebe em média 60% menos que os homens”, denuncia. Apesar de alguns avanços pontuais, a mulher hoje sofre com vários problemas, que vão desde o assédio sexual e moral até a obrigação de exames ginecológicos para serem admitidas no emprego. A Conlutas faz parte ativamente da luta pela legalização do aborto e contra a mercantilização do corpo da mulher, mas “por fora da marcha mundial das mulheres, que é ligada ao governo Lula, traidor do povo”, ressaltou Janaína.
A Coordenação Nacional de Lutas já realizou encontros específicos para o debate do tema da opressão. No ano passado, por exemplo, o encontro de negras e negros debateu a necessidade de um novo movimento que vai ser criado neste congresso. Também já foram feitos encontros temáticos pelo movimento gay e de mulheres.
A Coordenação Nacional de Lutas foi criada para unir movimentos de diversas matizes, com o objetivo de consolidar uma central classista, plural e democrática, para unir de conjunto a classe trabalhadora. A iniciativa é inédita.
Diante desta política, nas falas foi apontado por todos o crescimento da integração entre os vários tipos de movimentos. Mancha, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, explicou o novo tipo de sindicalismo que a Conlutas defende. “Os sindicatos precisam de independência, mas precisam ser politizados. Lutar apenas pelos interesses da categoria não basta”, afirmou.
Mas, além dos trabalhadores, os estudantes também estão se reorganizando. A estudante Camila lembrou do papel das grandes ocupações de reitoria acontecidas recentemente. “O movimento estudantil nunca morreu, mas agora ele ressurge com toda a força”, lembra. Estudantes que participaram e organizaram as ocupações de reitoria da USP e da UnB estão presentes no encontro.
Para o militante do movimento social urbano Guilherme, a união entre o movimento sindical, estudantil e popular não deve se restringir à “solidariedade”. Para ele, “a alta do preço dos alimentos prejudica a todos, e apenas juntos podemos vencer”.
O movimento agrário foi lembrado por “Zelito”, do Movimento Terra Trabalho e Liberdade Democrático e Independente. Ele afirmou a necessidade de um movimento agrário sem ligação com o governo, já que Lula “infelizmente não mudou sua política para o campo”.
Luta contra o machismo, racismo e homofobia
“Nem nos tempos áureos da CUT o assunto era discutido desta forma”, lembrou a militante do movimento negro Deise. O debate de opressões sempre foi um dos pontos fortes da Conlutas, pois atualmente a maioria das direções dos movimentos negro, feminista e homossexual, são ligadas a grandes empresas e a grupos contrários à luta da classe trabalhadora. “Não pode. O negro sofreu com o racismo por 400 anos, e deve se unir com os trabalhadores para sair de sua condição”, lembrou a militante.
Para Douglas, do movimento gay, “é grave quando os sindicatos se omitem da luta contra o homofobia. Somos uma parte significativa dos trabalhadores”. Além de dividir a classe, o preconceito contra os homossexuais ainda joga muitos gays trabalhadores nas mãos de direções vendidas aos patrões. Um exemplo “é a parada gay de São Paulo, que já foi patrocinada pela General Motors, que ataca seus operários”. Por isso, “quem oprime um gay ou uma mulher está do lado da burguesia”.
A situação da mulher foi lembrada pela ativista Janaína Rodrigues. “Somos metade da classe trabalhadora. Mas a mulher ainda recebe em média 60% menos que os homens”, denuncia. Apesar de alguns avanços pontuais, a mulher hoje sofre com vários problemas, que vão desde o assédio sexual e moral até a obrigação de exames ginecológicos para serem admitidas no emprego. A Conlutas faz parte ativamente da luta pela legalização do aborto e contra a mercantilização do corpo da mulher, mas “por fora da marcha mundial das mulheres, que é ligada ao governo Lula, traidor do povo”, ressaltou Janaína.
A Coordenação Nacional de Lutas já realizou encontros específicos para o debate do tema da opressão. No ano passado, por exemplo, o encontro de negras e negros debateu a necessidade de um novo movimento que vai ser criado neste congresso. Também já foram feitos encontros temáticos pelo movimento gay e de mulheres.
GT's debatem planos de ação
Organizados novamente, os Grupos de Trabalho continuam os debates na parte da manhã.
Com o terceiro tema, Planos de Ação, os congressistas debruçam-se sobre as necessidades de atuação da Conlutas para o próximo período.
Com o terceiro tema, Planos de Ação, os congressistas debruçam-se sobre as necessidades de atuação da Conlutas para o próximo período.
Delegação de RN inicia o dia com agitação
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Tendas externas trazem várias opções de comida
As tendas de alimentação na área externa do ginásio oferecem várias opções de comida: um reflexo da reunião de delegações de todos os cantos do país.
Muito queijo, feijão tropeiro, pé-de-moleque, rapadura e outras delícias estão à disposição, afinal os mineiros são os anfitriões. Mas as variedades não páram por aí: acarajé, salgados fritos, caldos quentes e bebidas típicas são facilmente encontradas.
Muita variedade, muitas culturas e um objetivo: construir a Conlutas.
Cordelista é delegado da Conlutas
Uma entrevista sobre literatura, política e Conlutas com o poeta Abaeté
"As editoras não conseguem manobrar o Cordel, pois é uma literatura do povo para o povo. É um exemplo de nossa autonomia cultural", afirma o poeta e cordelista Abaeté, delegado da Conlutas.
O artista é responsável pela Casa do Cordel, em Natal, que possui uma forte influência cultural não só em sua região, mas em todo o país.
Abaeté não é só cordelista, ele também já escreveu outros livros de poemas, mas reforça a sua preferência pela literatura de Cordel: "Os livros são das editoras que possuem seus interesses políticos e financeiros; eles são caros e muito burocráticos para publicar; e mais: quando as pessoas compram um livro comportam-se como se estivessem te fazendo um favor. O Cordel, não: as pessoas compram por puro prazer na leitura", explica.
Literatura e política: O Cordel faz parte da nossa história e a nossa história faz parte da Conlutas.
A fácil acessibilidade e o baixo custo de produção e publicação deste tipo de literatura reforçam a autonomia cultural da classe trabalhadora. "O Cordel possui um forte conteúdo político; a abertura dos contos de cordel são, em grande parte, fundamentalmente políticas", afirma o cordelista.
E diretamente da literatura para a atuação na realidade, a Casa de Cordel faz parte do GT de Cultura da Conlutas. Os membros da Casa estiveram presentes na manifestação do 1º de abril, contra as mentiras do governo Lula. Além disto, possuem reuniões frequentes para garantir o avanço da construção da Conlutas em todos os setores, não só artísticos. "Estamos aqui para construir a Conlutas", afirma o cordelista. E, para homenagear o I Congresso da Conlutas, o bom cordelista anuncia:
"Quero parabenizar
a todos os Congressistas
No próximo quero ser
o primeiro da lista
E um abraço para todos
De Abaeté cordelista"
Confira mais poemas de cordel no post abaixo.
Literatura no Congresso - trechos do cordel da CONLUTAS
Da capital ao sertão
Nós temos muitos valores
Nosso maior patrimônio
São nossos trabalhadores
Nossa CONLUTAS nasceu
Pra ser deles condutores.
Defender trabalhadores
Do abuso patronal
Nossa CONLUTAS luta
Pelo bem o bem do social
Com orgulho ele defende
O operário nacional.
Que sustenta esse país
Desgovernado sem guia
Trabalhador é que paga
As farras da burguesia
Cada dia estão mais ricos
E o povo a revelia.
O trabalhador precisa
Estar bem organizado
Procurar seus direitos
Cobrar sempre do estado
Ser idadão consciente
Estar sinicalizado.
Com aquele sindicato
Que não engane você
Fingindo que te defende
A serviço do poder
E o governo dos banquieros
Nunca irá lhe defender.
Literatura de cordel
Autor: Abaeté
Quem está na luta, está no Congresso da Conlutas
desde as 10hs da manhã,
debatendo as teses
Desde seu surgimento, a Conlutas se caracteriza por reunir a vanguarda do movimento sindical, popular e estudantil brasileiro. São ativistas, de norte a sul do país, que estão à frente das greves, passeatas, protestos, manifestações, enfim, na luta contra os ataques dos governos e dos patrões.
No 1° Congresso Nacional da Conlutas, que acontece desde quinta-feira, dia 3, e prossegue até domingo, dia 6 de julho, não é diferente. Entre as centenas de delegações presentes, que representam sindicatos e movimentos sociais do país, há categorias que neste momento estão em greve ou em forte mobilização em defesa dos seus direitos. Apesar da maioria da militância estar à frente da mobilização, alguns delegados (as) também estão participando do Congresso da Conlutas.
Trabalhadores dos Correios, por exemplo, estão em meio a uma greve nacional da categoria. Funcionários de 20 estados entraram em greve na quarta-feira (01). A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) não cumpriu o acordo assinado em novembro do ano passado. O acordo garantia o pagamento de adicional de risco para os carteiros (no valor de 30% dos salários), a discussão do Plano de Cargo Carreira e Salário (PCSS) e da Participação de Lucros e Resultados (PLR), que foi paga sem critérios.
Há delegações presentes no Congresso, como a do Rio Grande do Sul.
Já os professores estaduais de São Paulo, encerraram, em assembléia nesta sexta-feira, dia 4, a greve da categoria que durou 19 dias.
Nesta sexta, o juiz Maury Ângelo Bottesini, da 31ª Vara Cível, chegou a conceder ao Ministério Público liminar contra a Apeoesp e a Conlutas (que desde o início esteve à frente da mobilização), para impedir a manifestação dos professores em ruas e avenidas de São Paulo. Bottesini também fixou multa de R$ 500 mil caso a decisão seja descumprida.
Gláucia de Fátima Rodrigues é conselheira estadual da APEOESP pela Oposição Alternativa – Conlutas. A professora, que participa do comando de greve em São José dos Campos (SP), é delegada no Congresso.
Segundo Glaucia, esta foi a maior mobilização da categoria nos últimos oito anos. Manifestações na Avenida Paulista chegaram a reunir cerca de 50 mil professores, ressaltou.
“Após anos de paralisia da maioria da direção da APEOESP, ligada à Articulação/CUT, e da precarização da condições de trabalho e da educação pública a indignação da categoria explodiu e os professores voltaram às ruas”, definiu.
Estes são apenas dois exemplos de companheiros que estão mobilizados por seus direitos, mas o Congresso, com certeza, reúne outras categorias que estão em luta.
Inclusive, uma das propostas do encontro, é unificar para fortalecer as mobilizações no próximo período.
Atividades para a noite: Palestra com Arcary e Antunes; e debate com Chirino
Para intensificar os debates, o Congresso da Conlutas terá, hoje à noite, uma palestra com os professores Valério Arcary, do Cefet; Ricardo Antunes, da Unicamp; e o professor suíço Charles Andrés Udry, veterano da Quarta Internacional. O tema será "A atualidade do Marxismo e da Revolução Socialista".
Todos os participantes do Congresso aguardam ansiosamente pelo debate que os internautas poderão acompanhar ao vivo pela TV Conlutas.
Logo após este evento, o Unidos Pra Lutar, Conspiração Socialista e Frente de Oposição Socialista organizaram, na tenda externa, uma palestra com Orlando Chirino, coordenador da UNT (União Nacional dos Trabalhadores), da Venezuela. Com o tema "Os trabalhadores e o Desafio da Revolução Venezuelana", esta palestra promete ser bastante frutífera dado o nível de qualidade e quantidade dos debates envolvendo as questões bolivarianas nos GT's.
Veja vídeo com resumo do primeiro dia do Congresso
A TV Conlutas está presente neste primeiro Congresso. Além da transmissão ao vivo, que pode ser acessada aqui, acompanhe matérias especialmente produzidas para os internautas.
http://www.youtube.com/watch?v=IR6tGCX7dSI
http://www.youtube.com/watch?v=IR6tGCX7dSI
Governos da América Latina são os mais debatidos nos GT´s
O segundo dia do 1° Congresso Nacional da Conlutas começou por volta das 10h com os debates nos Grupos de Trabalho. Reunidos na parte interna e externa do Ginásio Divino Braga, em Betim, os militantes discutiram, na manhã desta sexta-feira, dia 4, vários pontos da conjuntura internacional e aprovaram resoluções.
Ao todo, são 20 grupos que estão discutindo conjuntura internacional e América Latina.
Os delegados ressaltaram a importância do debate sobre conjuntura internacional, pois consideram que a maioria dos trabalhadores não tem noção da importância e de como a situação mundial afeta o seu dia-a-dia. Os delegados também manifestaram preocupação em como fazer chegar aos locais de trabalho o debate sobre as questões internacionais.
“A recente alta dos preços dos alimentos, a escalada inflacionária vivida em muitos países do mundo, principalmente na América Latina, são exemplos de como a situação internacional está diretamente ligada à vida dos trabalhadores”, disse um delegado.
Todas as propostas serão encaminhadas para a plenária geral, que ocorre domingo, e vai definir o plano de ação geral que será defendido pela Conlutas durante o próximo período. A discussão sobre a situação em vários países, notadamente da América Latina, marcaram os debates. A natureza dos governos Chaves (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) tem sido um ponto bastante polêmico entre os debatedores.
Em relação à Venezuela, as questões mais polêmicas debatidas na maioria dos GTs envolviam a defesa ou não do Governo Chávez. O caráter socialista da gestão do comandante venezuelano foi um dos pontos bastante discutidos. No grupo nº 3, por exemplo, depois de muita discussão, foi aprovada a resolução de que a Conlutas, como entidade, não se posicionará a favor ou contra esses governos, uma vez que o tema ainda não foi suficientemente debatido. O tema será levado ao plenário.
O fim do Estado de Israel e a defesa ferrenha do não pagamento da dívida externa pelo Governo Lula também levantaram polêmicas. No GT nº 20, por exemplo, o debate sobre a moratória foi alvo de várias defesas e esclarecimentos sobre a resolução.Outro GT que chamou a atenção foi o nº 15 por ir além de temas recorrentes e incitar um debate sobre o meio ambiente. “Esse debate não pode vir da burguesia porque foi a própria burguesia que destruiu o meio ambiente”, afirmou um dos militantes.
Os grupos retomarão os trabalhos na parte da tarde após um painel de apresentação sobre discriminação e opressão, no qual os GT´s da Conlutas farão exposição de temas específicos das mulheres, negros, GLBT.
Ao todo, são 20 grupos que estão discutindo conjuntura internacional e América Latina.
Os delegados ressaltaram a importância do debate sobre conjuntura internacional, pois consideram que a maioria dos trabalhadores não tem noção da importância e de como a situação mundial afeta o seu dia-a-dia. Os delegados também manifestaram preocupação em como fazer chegar aos locais de trabalho o debate sobre as questões internacionais.
“A recente alta dos preços dos alimentos, a escalada inflacionária vivida em muitos países do mundo, principalmente na América Latina, são exemplos de como a situação internacional está diretamente ligada à vida dos trabalhadores”, disse um delegado.
Todas as propostas serão encaminhadas para a plenária geral, que ocorre domingo, e vai definir o plano de ação geral que será defendido pela Conlutas durante o próximo período. A discussão sobre a situação em vários países, notadamente da América Latina, marcaram os debates. A natureza dos governos Chaves (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador) tem sido um ponto bastante polêmico entre os debatedores.
Em relação à Venezuela, as questões mais polêmicas debatidas na maioria dos GTs envolviam a defesa ou não do Governo Chávez. O caráter socialista da gestão do comandante venezuelano foi um dos pontos bastante discutidos. No grupo nº 3, por exemplo, depois de muita discussão, foi aprovada a resolução de que a Conlutas, como entidade, não se posicionará a favor ou contra esses governos, uma vez que o tema ainda não foi suficientemente debatido. O tema será levado ao plenário.
O fim do Estado de Israel e a defesa ferrenha do não pagamento da dívida externa pelo Governo Lula também levantaram polêmicas. No GT nº 20, por exemplo, o debate sobre a moratória foi alvo de várias defesas e esclarecimentos sobre a resolução.Outro GT que chamou a atenção foi o nº 15 por ir além de temas recorrentes e incitar um debate sobre o meio ambiente. “Esse debate não pode vir da burguesia porque foi a própria burguesia que destruiu o meio ambiente”, afirmou um dos militantes.
Os grupos retomarão os trabalhos na parte da tarde após um painel de apresentação sobre discriminação e opressão, no qual os GT´s da Conlutas farão exposição de temas específicos das mulheres, negros, GLBT.
Do Cordel ao Quilombo, congresso mostra sua vida
O Congresso da Conlutas já está em seu segundo dia e os participantes já têm suas primeiras impressões. São mais de três mil pessoas, vindas de todo o país, cada uma de um movimento social diferente. Todos já estão inscritos e instalados nas pousadas, sem que tenha havido até o momento nenhum incidente maior. Agora, os participantes se concentram no andamento dos grupos de discussão.
Para o estudante Leonard, que veio de Brasília, os debates estão ocorrendo até agora “com muita qualidade”. “Existem diferenças, mas tudo está sendo discutido, como tem que ser”, coloca. Ele é integrante do Diretório Central dos Estudantes da UnB, que participou da ocupação da reitoria este ano. Os estudantes da universidade lotaram um ônibus para o encontro.
O sindicalista Cláudio, que veio do Recife, se impressiona com o número de pessoas. Apesar de ter achado o credenciamento “um pouco complicado”, o servidor público achou o congresso não teve problemas de organização. Seu objetivo “é ver se o nosso sindicato, que se desfilou da CUT, possa fazer parte da Conlutas”.
Cordel – Para quem anda pelo lado de fora do ginásio Divino Braga, onde o congresso se realiza, as barracas, que vendem de DVD´s a cordéis, são uma atração. A maioria é de grupos de militantes em campanha financeira ou livrarias alternativas.
Filmes raros podem ser vistos, como o “muito além do cidadão Kane”, documentário sobre a Rede Globo que teve a distribuição dificultada pela ação da poderosa rede televisão. Também, como de praxe, as camisetas divulgando as lutas são vendidas.
Entre várias curiosidades, está a barraca do cordelista Erivaldo de Lima, o “Abaeté”. Representante da União dos Cordelistas do Rio Grande do Norte, ele usa os cadernos de poesias, típicos da cultura nordestina, para divulgar temas que vão desde a situação da mulher na sociedade até a revolução russa. “Todo cordel começa com alguma crítica”, lembra o artista. Tem até um cordel feito especialmente para a Conlutas.
O Congresso também conta com um “quilombo”, que são tendas onde o movimento negro vai fazer discussões e apresentações artísticas. As atividades começam hoje, com a organização do Grupo de Trabalho de Negro da Conlutas.
Para o estudante Leonard, que veio de Brasília, os debates estão ocorrendo até agora “com muita qualidade”. “Existem diferenças, mas tudo está sendo discutido, como tem que ser”, coloca. Ele é integrante do Diretório Central dos Estudantes da UnB, que participou da ocupação da reitoria este ano. Os estudantes da universidade lotaram um ônibus para o encontro.
O sindicalista Cláudio, que veio do Recife, se impressiona com o número de pessoas. Apesar de ter achado o credenciamento “um pouco complicado”, o servidor público achou o congresso não teve problemas de organização. Seu objetivo “é ver se o nosso sindicato, que se desfilou da CUT, possa fazer parte da Conlutas”.
Cordel – Para quem anda pelo lado de fora do ginásio Divino Braga, onde o congresso se realiza, as barracas, que vendem de DVD´s a cordéis, são uma atração. A maioria é de grupos de militantes em campanha financeira ou livrarias alternativas.
Filmes raros podem ser vistos, como o “muito além do cidadão Kane”, documentário sobre a Rede Globo que teve a distribuição dificultada pela ação da poderosa rede televisão. Também, como de praxe, as camisetas divulgando as lutas são vendidas.
Entre várias curiosidades, está a barraca do cordelista Erivaldo de Lima, o “Abaeté”. Representante da União dos Cordelistas do Rio Grande do Norte, ele usa os cadernos de poesias, típicos da cultura nordestina, para divulgar temas que vão desde a situação da mulher na sociedade até a revolução russa. “Todo cordel começa com alguma crítica”, lembra o artista. Tem até um cordel feito especialmente para a Conlutas.
O Congresso também conta com um “quilombo”, que são tendas onde o movimento negro vai fazer discussões e apresentações artísticas. As atividades começam hoje, com a organização do Grupo de Trabalho de Negro da Conlutas.
Cozinha é exemplo da grande infra-estrutura do evento
Os números do 1° Congresso da Conlutas são expressivos não apenas em relação aos delegados e delegadas presentes e regiões do país representadas. A estrutura para manter a realização do evento também é grandiosa. A alimentação dos milhares de delegados presentes é um exemplo dessa mega-infra-estrutura.
Somente no primeiro dia, cerca de cinco mil refeições foram servidas. Em arroz, por exemplo, isso equivale a mais de uma tonelada. A equipe está preparada para servir até 10 mil refeições diariamente e o que não é consumido é doado para evitar desperdício.
São 53 funcionários, quatro chapas, oito caldeirões, sendo quatro de 300 e quatro de 400 litros, três fogões industriais de seis bocas e um de quatro, seis freezers e um caminhão termoquímico. A cozinha teve que ser totalmente montada na área em que funcionava o estacionamento na parte de trás do ginásio. A rede de esgoto e de água foi feita exclusivamente para a limpeza do local.
A produção é 24h. Quatro funcionários trabalham das 22h às 7h para garantir alguns serviços como cortar cebola e cozinhar o feijão por tempo suficiente. Trabalho que não teria tempo suficiente se fosse feito apenas pela manhã. Vários funcionários foram contratados especificamente para o evento entre chefes e líderes de cozinha, cozinheiros, ajudantes e copeiros. Boa parte dos funcionários está alojada no próprio local do evento.
As refeições servidas no almoço e jantar para os participantes têm arrancado elogios até dos mais exigentes. "Essa área de cozinha é melindrosa, além de termos de nos preocupar com a higiene, o gosto de cada um é bem particular, mas estamos tentando agradar ao máximo", esclareceu o gerente operacional da cozinha, Carlos Alberto Nazário. O profissional destacou dois pontos para o bom andamento dos trabalhos: a preocupação com a estrutura e com a higiene dos alimentos.
A higiene dos alimentos é levada muito a sério pela equipe. A carne e os vegetais são embalados à vácuo e abertos apenas na hora de serem servidos para evitar contatos com o ar e microorganismos.
Diversos países acompanham o Congresso da Conlutas
O blog do I Congresso da Conlutas, em menos de 1 dia, recebeu a visita de mais de cinco países. Companheiros da Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Chile, Portugal e Venezuela vêm acompanhando as atividades e os debates deste evento de grande importância para o movimento nacional e internacional.
Nacional:
Já no Brasil, 30 cidades, de todas as regiões, acompanham e “observam” o Congresso pela internet. Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Fortaleza e Campinas lideram o ranking de visitas. Outros companheiros de diversas regiões também estão conosco: Teresina, Belém, Recife, Maceió, São Luís, São José dos Campos, Natal e Manaus.
Já no Brasil, 30 cidades, de todas as regiões, acompanham e “observam” o Congresso pela internet. Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Fortaleza e Campinas lideram o ranking de visitas. Outros companheiros de diversas regiões também estão conosco: Teresina, Belém, Recife, Maceió, São Luís, São José dos Campos, Natal e Manaus.
Os grupos de discussão abrem as atividades de hoje
O dia hoje é de debate e reflexão. Dividido em vinte grupos, com duzentas pessoas cada, o I Congresso da Conlutas inicia seu processo de avanço dos temas de conjuntura nacional e internacional; e planos de ação. “Faremos o possível para que as discussões sejam boas o bastante para avançar as lutas em todos os setores de todas as categorias”, afirma uma observadora.
Na parte interna, são 18 grupos organizados e iniciando os debates. Na parte externa, ao longo do ginásio, os outros dois grupos também dão início a esta atividade que se estenderá ao longo de todo o dia.
Na parte interna, são 18 grupos organizados e iniciando os debates. Na parte externa, ao longo do ginásio, os outros dois grupos também dão início a esta atividade que se estenderá ao longo de todo o dia.
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