sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cordelista é delegado da Conlutas

Uma entrevista sobre literatura, política e Conlutas com o poeta Abaeté


"As editoras não conseguem manobrar o Cordel, pois é uma literatura do povo para o povo. É um exemplo de nossa autonomia cultural", afirma o poeta e cordelista Abaeté, delegado da Conlutas.
O artista é responsável pela Casa do Cordel, em Natal, que possui uma forte influência cultural não só em sua região, mas em todo o país.
Abaeté não é só cordelista, ele também já escreveu outros livros de poemas, mas reforça a sua preferência pela literatura de Cordel: "Os livros são das editoras que possuem seus interesses políticos e financeiros; eles são caros e muito burocráticos para publicar; e mais: quando as pessoas compram um livro comportam-se como se estivessem te fazendo um favor. O Cordel, não: as pessoas compram por puro prazer na leitura", explica.

Literatura e política: O Cordel faz parte da nossa história e a nossa história faz parte da Conlutas.
A fácil acessibilidade e o baixo custo de produção e publicação deste tipo de literatura reforçam a autonomia cultural da classe trabalhadora. "O Cordel possui um forte conteúdo político; a abertura dos contos de cordel são, em grande parte, fundamentalmente políticas", afirma o cordelista.
E diretamente da literatura para a atuação na realidade, a Casa de Cordel faz parte do GT de Cultura da Conlutas. Os membros da Casa estiveram presentes na manifestação do 1º de abril, contra as mentiras do governo Lula. Além disto, possuem reuniões frequentes para garantir o avanço da construção da Conlutas em todos os setores, não só artísticos. "Estamos aqui para construir a Conlutas", afirma o cordelista. E, para homenagear o I Congresso da Conlutas, o bom cordelista anuncia:
"Quero parabenizar
a todos os Congressistas
No próximo quero ser
o primeiro da lista
E um abraço para todos
De Abaeté cordelista"
Confira mais poemas de cordel no post abaixo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Falar sobre cordel é muito gostoso, pois é a cultura do povo, onde não devemos nunca nuns esquecermos. Não ter vergonha de dizer a realidade da vida.