domingo, 6 de julho de 2008

Para público, Congresso consolida Conlutas no país

Chegou a hora da Conlutas. Esta é a análise de 10 entre 10 militantes que participam do 1º Congresso Nacional da Conlutas. As traições do PT e da CUT ainda estão vivas na memória dos trabalhadores. Todos acreditam na força de uma nova Central voltada para os interesses da classe trabalhadora. O evento que começou na quinta, dia 3, encerra neste domingo, em Betim/MG.

A equipe de reportagem da Conlutas percorreu vários grupos de trabalho do Congresso para saber o que os militantes estão achando do evento. Os depoimentos expõem um sentimento de revolta com a atual conjuntura, mas ao mesmo tempo revelam a necessidade de fortalecimento da unidade na Conlutas.

Para o servidor municipal de Guarulhos, Joel Paradella, o Congresso está muito bom. Segundo ele, os debates estão trazendo temas importantes. "Os debates de esquerda estão sendo colocados na ordem do dia. As diferenças apresentadas nos GT´s são de conteúdo e bastante significativas", afirma.

O Congresso da Conlutas é o primeiro encontro de esquerda da estudante de letras da USP, Raiana Ribeiro. Entusiasmada, ela acredita na força dos trabalhadores. "O Congresso é importante porque se dá num momento histórico de organização dos trabalhadores. E a Conlutas tem uma fatia da força desse processo.Vejo esse Congresso como um pontapé, mas ao mesmo tempo como a consolidação da Conlutas. Nunca militei nem sou de partido político, mas estou achando essa experiência muito rica", disse.

Diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário de São Paulo (Sintrajud/SP), Ana Luíza vê a Conlutas como uma alternativa que definiu de forma correta sua estratégia. "Vejo esse Congresso como o surgimento de uma nova direção ligada aos movimentos populares e à juventude. Para mim, a luta contra o capitalismo é uma estratégia correta da Conlutas. Lembro também que quando fundamos a CUT, o programa defendido na época era limitado se comparado ao da Conlutas", analisa.

Vivaldo Moreira Araújo, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região e trabalhador da General Motors, também salienta o caráter e o papel que a Conlutas vem cumprindo. “Esse congresso é a expressão do crescimento da Conlutas que, no último período, tornou-se um importante pólo de aglutinação para os lutadores deste país. Nosso desafio é aprofundar democraticamente as discussões e avançar na consolidação desta organização, com perfil classista, democrático e com perspectiva socialista”, afirmou.

Já o diretor do sindicato dos servidores públicos de Bauru, Jaime de Oliveira Correa, lembra que o alvo direto da revolta dos trabalhadores é o Governo Lula. Para ele, a Conlutas vai além das fronteiras brasileiras. "A luta desse Congresso é principalmente contra a repressão desse governo Lula. Temos que defender aqui uma esquerda pura, sem vínculo com os governos. E a Conlutas terá todo o apoio dos trabalhadores do Brasil e de outros países da América Latina, como a Colômbia", afirmou.

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