sábado, 5 de julho de 2008

Grupos debatem construção da Conlutas

Por volta das 15h30, teve início a plenária do 1° Congresso da Conlutas, na qual serão votadas as resoluções aprovadas nos grupos.

Durante a manhã, os delegados participaram da última rodada de discussões nos grupos. Os ativistas discutiram o conjunto de resoluções sobre estatutos e organização da Conlutas, que deverão ser levadas para votação no dia de amanhã.

O grupo 20, por exemplo, debateu o caráter da Conlutas. Um delegado defendeu que a entidade unifique todos os setores explorados, entre os trabalhadores do setor formal e informal, estudantes, além dos movimentos sociais. O tema sobre a proposta de unificação da Conlutas com a Intersindical também foi muito debatido entre os ativistas.

A riqueza dos debates, entre outros motivos, acontece pelos diferentes segmentos de trabalhadores presentes ao encontro. Para a servidora aposentada do Judiciário federal Ana Luiza Fevereiro, essa diversidade é necessária e inevitável. “Também vemos que as pessoas que estão aqui vieram bastante preparadas para a discussão. Eles representam a vanguarda do movimento”, ponderou Ana, que também é diretora do Sintrajud – SP.

Várias falas também centralizaram no fortalecimento dos sindicatos e das oposições de esquerda para a unidade da Conlutas. A participação dos estudantes nessa construção foi um outro ponto levantado e bastante debatido nos GTs.

Um militante carioca ressaltou que o crescimento da Conlutas está ligado ao fortalecimento dos sindicatos e das oposições. "Sou professor desempregado, mas milito há muito tempo. Como no Ceará, o PT também trata os trabalhadores com repressão. No governo da Benedita da Silva, por exemplo, a polícia recebeu os professores com cacetete. Temos que organizar os sindicatos e as oposições. Precisamos qualificar nossa luta", afirmou.

Num dos grupos, uma militante paraense defendeu que os estudantes devem estar colados a outros setores de luta, como os movimentos populares. "Sabemos que os operários são os agentes da revolução, mas os estudantes são importantes e devem estar unidos a outros setores da Conlutas", disse.

Os GTs debateram também, entre outros pontos, questões como a aposentadoria e até a luta pela reforma agrária.

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